Risco de quedas no pós-operatório de videolaparoscopias e laparotomias / Risk of falls in the postoperative period of videolaparoscopies and laparotomies / Riesgo de caídas en el postoperatorio de video laparoscopias y laparotomías

RESUMO

Objetivo: Comparar o risco de quedas por meio da Morse Fall Scale (MFS) de pacientes submetidos a laparotomia e videolaparoscopia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, realizado entre março e julho de 2019, na clínica cirúrgica de um hospital público universitário, situado em Curitiba, Paraná, Brasil. Aplicou-se um questionário desenvolvido pelos autores no primeiro dia de pós-operatório de cirurgia abdominal e avaliou-se o risco de quedas por meio do MFS. Resultados: Participaram 102 pacientes submetidos a cirurgias abdominais, 58 videolaparoscopias, 27 laparotomias e 17 bariátricas. A média de idade apresentou-se como de 50,34 (±15,11), sendo 70 (68,63%) do sexo feminino e 32 (31,37%) do sexo masculino. A análise estatística evidenciou o alto risco de quedas nas cirurgias bariátricas, de maneira que a associação do risco com o Índice de Massa Corporal (IMC) observou que quanto maior o IMC mais alto o risco de quedas. Dessa forma, também se observou um aumento do risco de quedas na associação do IMC e a idade. Os domínios que demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos eram o histórico de quedas, o diagnóstico secundário e a marcha/ transferência. Conclusão: O risco de quedas nos pacientes avaliados mostrou relação com o tipo de cirurgia e com fatores de risco preexistentes, além disso, aumenta-se proporcionalmente à idade do paciente e ao IMC.

ABSTRACT

Objective: To compare the risk of falls using the Morse Fall Scale (MFS) of patients undergoing laparotomy and video laparoscopy.Methods: This is a cross-sectional, descriptive, and observational study, carried out between March and July 2019, in the surgical clinic of a public university hospital in Curitiba, Paraná, Brazil. A questionnaire developed by the authors was applied on the first postoperative day of abdominal surgery, and the risk of falls was assessed using the MFS. Results: 102 patients submitted to abdominal surgeries participated, 58 videolaparoscopies, 27 laparotomies, and 17 bariatric surgeries. The mean age was 50.34 (±15.11), 70 (68.63%) were female, and 32 (31.37%) were male. The statistical analysis showed the high risk of falls in bariatric surgeries, so that the association of it with the Body Mass Index (BMI) observed that the higher the BMI, the higher the risk of falls. Thus, an increased risk of falls was also observed in the association of BMI and age. The domains that showed statistically significant differences between the groups were history of falls, secondary diagnosis, and gait/transfer. Conclusion: The risk of falls in the patients evaluated was related to the type of surgery and pre-existing risk factors. In addition, it increases proportionally to the patient's age and BMI.

RESUMEN

Objetivo: Comparar el riesgo de caídas a través del Morse Fall Scale (MFS) de pacientes sometidos a laparotomía y vídeo laparoscopia. Métodos: Se trata de un estudio transversal, descriptivo y observacional realizado entre marzo y julio de 2019 em la clínica quirúrgica de un hospital público universitario de Curitiba, Paraná, Brasil. Se aplicó una encuesta desarrollada por los autores en el primer día del postoperatorio de cirugía abdominal y se evaluó el riesgo de caídas a través del MFS. Resultados: Han participado 102 pacientes sometidos a cirugías abdominales, 58 video laparoscopias, 27 laparotomías e 17 cirugías bariátricas. La media de edad se presentó de 50,34 (±15,11) con 70 (68,63%) personas del sexo femenino y 32 (31,37%) del sexo masculino. El análisis estadístico evidenció el elevado riesgo de caídas en las cirugías bariátricas de manera que en la asociación entre el riesgo y el Índice de Masa Corporal (IMC) se observó que al mayor IMC más alto es el riesgo de caídas. Deesa manera, también se ha percibido un aumento del riesgo de caídas en la asociación entre el IMC y la edad. Los dominios que demostraron diferencias estadísticamente significativas entre los grupos eran el histórico de caídas, el diagnóstico secundario y la marcha/transferencia. Conclusión: El riesgo de caídas de los pacientes evaluados mostró relación entre el tipo de cirugía y los factores de riesgo preexistentes, además de eso, se aumenta en proporción con la edad del paciente y el IMC.