A inserção da Saúde Coletiva nos currículos dos cursos de graduação de Escolas de Enfermagem do Estado de São Paulo / |a The insertion of the Collective Health in the undergraduate curriculum of Schools of Nursing in São Paulo

RESUMO

O presente estudo tem como finalidade analisar, à luz das transformações históricas da educação em enfermagem no Brasil, a inserção da Saúde Coletiva nos currículos de graduação de Escolas de Enfermagem do Estado de São Paulo. O material empírico foi obtido por meio de questionários respondidos por dezoito escolas. Para a análise, utilizaram-se duas categorias a Saúde Coletiva e o Currículo. A análise quantitativa evidenciou que a maioria das escolas destina uma carga horária reduzida à formação em Saúde Coletiva. A análise das ementas das disciplinas e dos objetivos dos cursos permitiu apreender o conceito de processo saúde-doença e as concepções de currículo que norteiam os cursos de enfermagem em estudo. A inserção dos conteúdos vinculados à Saúde Coletiva na formação de enfermeiras ainda permanece predominante vinculada à vertente multicausal, ao funcionalismo e as teorias tradicionais do currículo. Conclui-se que é necessária maior inserção da Saúde Coletiva na formação da enfermeira, sob o paradigma da determinação social do processo saúde-doença, visando atender às necessidades de saúde da população. Em se tratando de um campo de saberes e práticas em construção, a articulação das disciplinas da graduação e da pós-graduação deve ser mais estreita, permitindo maior impacto na formação e consequentemente nas práticas de enfermagem

ABSTRACT

The aim of study was to analyze, in the light of the historical transformations of nursing education in Brazil, the insertion of the Collective Health in the undergraduate curricula of Schools of Nursing of São Paulo state, Brazil. The empiric data was obtained through questionnaires answered by eighteen schools. Two analytic categories were used to discuss those data Collective Health and, in Curriculum. The quantitative analysis evidenced that most of the schools reserve limited time to the professional education in Collective Health. The analysis of the menu of the disciplines and of the objectives of the courses allowed to understand the health-illness process concepts and the curricular orientation of each course. The insertion of the Collective Health in nurses' professional education still remains mainly linked to the multicasual theory, to the functionalism and to the traditional theories of curriculum. This leads to the conclusion that necessary increase of Collective Health contents in the nurse's professional education, under a new paradigm of health, will better address the health needs of the population. As a field of knowledge and practice that is still under construction, the connection between of undergraduated and graduated courses should be narrowed, thus allowing larger impact in nursing education and consequently in nursing practice