Incidência, mortalidade e tendências do câncer de estômago no Brasil: um estudo de base populacional / Incidence, mortality and trends of stomach cancer in Brazil: a population-based study
São Paulo; s.n; 2022. 50 p. tab, ilus.
Tese
em Português
| LILACS, Inca
| ID: biblio-1414246
ABSTRACT
INTRODUÇÃO:
O câncer de estômago (CaE) ocupou o 5º lugar de todos os cânceres que ocorreram no mundo em 2020 e foi a 4ª principal causa de morte por câncer no Brasil, e a 4ª mais frequente entre os homens e o 6º nas mulheres. A incidência e mortalidade de CaE variam de acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Essas variações são atribuídas a diferentes fatores de riscos associados ao estilo de vida, a prevalência de H. Pylori e detecção precoce do CaE.OBJETIVO:
analisar o perfil epidemiológico de incidência, mortalidade e tendências do CaE no Brasil e verificar as suas associações com IDH.MÉTODOS:
Os dados para a incidência foram extraídos dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), de 1988 à 2017, sob o código C-16 (neoplasias maligna do estômago) e os dados da mortalidade extraídos do Sistema de Informação de Mortalidade do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram calculadas as taxas de incidência e mortalidade brutas e padronizadas. Para as análises de tendência foi utilizado a análise de regressão no programa Joinpoint Regression Program (SEER). Os dados do IDH foram extraídos do banco do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Para as análises de correlação de Pearson foi utilizada o programa Stata 15. Os efeitos de idade-período-coorte de nascimento foram estimados para a mortalidade pelo modelo de APC calculados pelo pacote Epi do software R.RESULTADOS:
A incidência do CaE foi o dobro no sexo masculino. As maiores taxas incidência foram observadas na região Norte com tendência de estabilidade na maioria das capitais brasileiras. Foi observado correlação negativa do IDH e IDH-longevidade com as taxas padronizadas de incidência para homens e mulheres e IDH-educação para mulheres. A mortalidade foi maior para homens e as maiores taxas foram observadas no Amapá. A região Sul apresentou as maiores taxas de 2000-2009 e em 2010-2019 foi a região Norte para homens e mulheres. As regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste apresentaram tendências de redução da mortalidade de CaE, enquanto as regiões Nordeste e Norte aumento nos últimos 20 anos. As taxas de mortalidade de CaE aumentam com a idade (> 60anos), com risco maior de óbito em homens e mulheres nascidos após a década de 1960 nas regiões Nordeste e Norte, o risco diminui nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste para ambos os sexos. Houve correlação positiva da taxa de CaE (2000-2010) com IDH (2000) para ambos os sexos e correlação negativa para a tendência.CONCLUSÃO:
A incidência de CaE apresentou estabilidade para a maioria das capitais do Brasil e a mortalidade aumento para as regiões Norte e Nordeste. O risco de CaE é maior em pessoas acima de 60 anos e o IDH correlaciona-se inversamente com as taxas de incidência e tendências da mortalidade na primeira década e positivamente na taxa de mortalidade no mesmo período. A análise permite verificar que as melhorias no desenvolvimento socioeconômico ao longo do tempo podem contribuir para a redução na tendência da mortalidade do CaE.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Neoplasias Gástricas
/
Incidência
/
Taxa de Sobrevida
Tipo de estudo:
Estudo de incidência
/
Estudo prognóstico
/
Fatores de risco
/
Estudo de rastreamento
País/Região como assunto:
América do Sul
/
Brasil
Idioma:
Português
Ano de publicação:
2022
Tipo de documento:
Tese
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