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A apropriação propícia: pensar e amar como acontecimento em Heidegger / Propitious appropriation: thinking and loving as Ereignis in Heidegger
Borges-Duarte, Irene.
  • Borges-Duarte, Irene; s.af
Nat. Hum. (Online) ; 21(1): 34-53, jan.-jun. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1430932
RESUMO
A radicalização da problemática fenomenológica da intencionalidade atinge o seu clímax no conceito de Ereignis, que não tivera lugar em Ser e Tempo, mas constitui o cerne da meditação dos Beiträge. Nele, está pensado o tempo cairológico do mútuo apropriar-se do ser e do aí em que toma forma o erigir-se dos humanos em ser-o-aí (do ser) no instante propício do mais próprio dar-se do ser. O acontecimento dessa apropriação recíproca manifesta-se de muitas maneiras em palavra, gesto, ato, obra. Mas, no último Heidegger, tem a sua máxima expressão naquilo a que chama «pensar¼ o «pensar-propício¼ (Ereignis-Denken), aquele que não é calculador nem metafísico, que é «outro¼ relativamente ao já sido, filosoficamente desenrolado, e que, em última instância, é um gostar (mögen) de ser (do ser), que torna possível (möglich) e grato (dankend) o novo, que só assim pode propiciar-se. O mesmo acontece no amor, enquanto apropriação que expropria e enquanto é apropriado para a diferença. O presente trabalho explora esse vínculo entre pensar e amar como âmbito propício ao acontecimento do novo e defende a sua irredutibilidade à concepção inicial de qualquer objeto intencional.
ABSTRACT
Heidegger's radicalization of the phenomenological problematic of intentionality reaches its climax in the concept of Ereignis, in the context of the Beiträge. Ereignis means the mutual appropriation of being and its "there" place in human world, which has a cairological propitious moment. The event of this reciprocal appropriation manifests itself in many ways in word, gesture, act, work. But in the last Heidegger, it reaches its highest expression in what he calls "thinking" the "propitious thinking" (Ereignis-Denken), which is neither calculating nor metaphysical, which is "other" in relation to what has already been (philosophically). About that "other thinking" Heidegger says that it is a way of liking (mögen) being, and so it makes the new possible (möglich) and grateful (dankend) to be propitiusly propriated. The same happens in love, as a "propriation" that "expropriates", being the appropriate soil to welkome difference. The present essay explores this link between thinking and loving as a propitious scope for the happening of the "new" and defends its irreducibility to the initial conception of any intentional object.

Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Tipo de estudo: Pesquisa qualitativa Idioma: Português Revista: Nat. Hum. (Online) Assunto da revista: Filosofia / Psicologia / Psicoterapia / Teoria Psicanal¡tica Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Artigo

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