Tendência temporal de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço no Brasil entre os anos de 2000 e 2020 / Temporal trend of mortality from head and neck cancer in Brazil between 2000 and 2020 / Tendencia temporal en la mortalidad de la cabeza y el cáncer de cuello en Brasil entre 2000 y 2020

RESUMO

Analisar a tendência temporal de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço no Brasil e em suas regiões geográficas entre os anos de 2000 a 2020. Métodos: Foram analisados os números de óbitos por neoplasias malignas de cabeça e pescoço (CID-10 C00-C14; C30-C32) disponibilizados no portal oficial do Ministério da Saúde do Brasil para o período, bem como os dados sobre população residente. O padrão temporal e geográfico foi analisado através da taxa de mortalidade padronizada por idade (TMPI) e avaliado em modelo de regressão por pontos de inflexão. Resultados: No Brasil, a TMPI permaneceu estável independente do sexo (AAPC -0,3; IC95 -1,0-0,3) no período avaliado. O estudo das regiões brasileiras evidenciou crescimento médio da TMPI independente do sexo nas regiões Nordeste (AAPC 2,8; IC95 2,1-3,5) e Norte (AAPC 1,3; IC95 0,8-1,9), em oposição ao decréscimo anual médio no Sul (AAPC -1,4; IC95 -2,7--0,3) e no Sudeste (AAPC -1,5; IC95 -1,9--1,1). No Centro-Oeste, a TMPI também apresentou decréscimo anual médio no grupo feminino (AAPC -1,8; IC95 -2,8--0,8), embora tenha permanecido estável no grupo masculino e independente do sexo. Considerações finais A compreensão desses dados pode auxiliar o estudo e implementação de estratégias de enfrentamento para esse grupo de doenças de acordo com as necessidades específicas de cada grupo e região.

ABSTRACT

To analyze the temporal trend of mortality from head and neck cancer in Brazil and its geographical regions between the years 2000 to 2020. Methods: We analyzed the number of deaths due to malignant neoplasms of the head and neck (ICD- 10 C00-C14; C30-C32) available on the official portal of the Brazilian Ministry of Health for the period, as well as the data on resident population. The temporal and geographical pattern was analyzed using the standardized mortality rate by age (TMPI) and evaluated in an inflection point regression model. Results: In Brazil, TMPI remained stable independent of gender (AAPC -0.3; IC95 -1.0-0.3) in the evaluated period. The study of the Brazilian regions showed average growth of the TMPI independent of sex in the Northeast (AAPC 2.8; 95 CI 2.1-3.5) and North (AAPC 1.3; 95 CI 0.8-1.9) regions, as opposed to the average annual decrease in the South (AAPC -1.4; 95 CI -2.7-0.3) and in the Southeast (AAPC -1.5; 95 CI -1.9-1.1). In the Midwest, the TMPI also showed an average annual decrease in the female group (AAPC -1.8; IC95 -2.8­0.8), although it remained stable in the male group and independent of the sex. Final Considerations Understanding this data can assist in the study and implementation of coping strategies for this group of diseases according to the specific needs of each group and region.

RESUMEN

Análisis de la tendencia temporal de la mortalidad por cáncer de cabeza y cuello en Brasil y sus regiones geográficas entre los años 2000 y 2020. Métodos: Se analizó el número de muertes por neoplasias malignas de cabeza y cuello (CID-10 C00- C14; C30-C32), que se publicó en el portal oficial del Ministerio de Salud del Brasil para el período, así como en los datos sobre la población residente. El patrón temporal y geográfico se analizó a través de la tasa de mortalidad estandarizada por edad (TMPI) y se evaluó como modelo de regresión por puntos de inflexión. Resultados: En el Brasil, la TMPI se mantuvo estable, independiente del género (AAPC -0,3; IC95 -1,0-0,3) en el período evaluado. El estudio de las regiones brasileñas mostró un crecimiento medio de la TMPI independiente de género en el noreste (APC 2,8; IC95 2,1-3,5) y en el norte (AAPC 1,3; IC95 0,8-1,9), frente a la disminución media anual en el sur (AAPC -1,4; CI95 -2,7­0,3) y en el sudeste (AAPC -1,5; IC95 -1,9-1,1). En el Medio Oeste, el IPM también mostró una disminución promedio anual en el grupo femenino (AAPC -1,8; IC95 -2,8-0,8), aunque se mantuvo estable en el grupo independiente masculino y de género. Consideraciones finales la comprensión de estos datos puede ayudar a estudiar y aplicar estrategias para tratar este grupo de enfermedades de acuerdo con las necesidades específicas de cada grupo y región.