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Sobreviver na teia de poderes: do controle sobre a vida ao direito sobre a morte dos corpos femininos / Surviving in the web of powers: from control over life to the right over the death of female bodies
Cavaler, Camila Maffioleti; Beiras, Adriano.
  • Cavaler, Camila Maffioleti; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis - SC. BR
  • Beiras, Adriano; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis - SC. BR
Interaçao psicol ; 26(3): 322-331, ago.-dez. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1512598
RESUMO
O registro de homicídio de mulheres, seja em seus lares ou no espaço público, tem crescido exponencialmente na sociedade brasileira. Neste ensaio teórico buscamos através dos estudos Foucaultianos de gênero e interseccionais problematizar a teia de poderes que fez e faz do corpo das mulheres território de soberania e disciplina dos homens e instituições. Apoiados por reflexões propostas pela psicologia crítica e pela psicologia social jurídica e, com o intuito de trazer fundamentos para aprimorar a intervenção psicossocial, narramos de forma genealógica uma história de controle sobre a vida e a morte das mulheres. Passamos pela caça às bruxas, escravidão, colonização das Américas, crimes de guerra, bem como os feminicídios públicos e privados, explorando as relações de poder que tornaram esses crimes atos legítimos, e, por vezes, necessários, para a manutenção das hierarquias de gênero que conferem aos homens privilégios sobre as mulheres. As reflexões aqui produzidas nos levaram a concluir que o número crescente de homicídios femininos não são frutos do acaso, mas da convergência de poderes que recaem sobre seus corpos e servem para a manutenção de um projeto de sociedade misógina que, através de dispositivos históricos, tornou e continua tornando a morte de mulheres inteligível e banalizada.
ABSTRACT
Women's homicide rates, whether in their homes or in public space, has exponentially grown in Brazilian society. Through a gender-related, intersectional and Foucaultian perspective, we seek to problematize the webs of powers that made and still make women's bodies the territory of sovereignty and discipline by men and institutions. Supported by reflections proposed by critical psychology and legal social psychology, and to bring foundations to improve psychosocial intervention, we narrate a history of control over women's life and death through a genealogical perspective. We go through witch hunts, slavery, colonization of the Americas, war crimes, as well as public and private femicides, exploring the power relationships that made these crimes legitimate, and sometimes necessary, to maintain gender hierarchies that confer privileges to men over women. The reflections made lead us to conclude that the increasing number of female homicides is not a result of chance, but the convergence of powers that have repercussions on female bodies, which serve to maintain a project of a misogynistic society, through which the exercise of historical devices has made and continues to make women's death intelligible and trivialized.



Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Idioma: Português Revista: Interaçao psicol Assunto da revista: Psicologia Ano de publicação: 2022 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)/BR

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