The interplay between brain lesions and painter´s creative transformations / A interação entre lesões cerebrais e transformações criativas do pintor

ABSTRACT

This narrative review addresses the complex relationship between neurological diseases and artistic expression, which can have a profound impact on a painter´s works. This exploration highlights the dynamic and ever-evolving connection between neuroscience and art, offering insights into the extraordinary ways in which the human brain and artistic expression intersect and evolve. Following brain damage, there may be the emergence of sudden artistic talents, intriguing changes in the styles of established artists, the paradoxical facilitation of artistic abilities despite the cognitive decline consequent to these injuries, besides coping strategies that artists adopt in response to the challenges of health. Therefore, this article investigates different scenarios where brain injuries and disorders have had a profound impact on artists, leading to the emergence of new talents, changes in artistic styles, and unexpected improvements in their work, as well as adaptations in their artistic practices, as represented by some painters such as Tommy McHugh (1949 -2012), Francisco Goya (1746-1828), Otto Dix (1891-1969), Willem de Kooning (1904-1997), William Charles Utermohlen (1933-2007) and Charles Meryon (1821-1868). Consequently, works of art can be valuable but understudied tools for understanding brain dysfunction, although they must be interpreted with great care.

RESUMO

Esta revisão narrativa aborda a complexa relação entre doenças neurológicas e expressão artística, que pode ter um impacto profundo na obra de um pintor. Esta exploração destaca a conexão dinâmica e em constante evolução entre a neurociência e a arte, oferecendo insights sobre as formas extraordinárias pelas quais o cérebro humano e a expressão artística se cruzam e evoluem. Após danos cerebrais, pode haver o surgimento de talentos artísticos repentinos, mudanças intrigantes nos estilos de artistas estabelecidos, a facilitação paradoxal de habilidades artísticas, apesar do declínio cognitivo consequente a essas lesões, além de estratégias de enfrentamento que os artistas adotam em resposta aos desafios de saúde. Portanto, este artigo investiga diferentes cenários onde lesões e distúrbios cerebrais tiveram um impacto profundo nos artistas, levando ao surgimento de novos talentos, mudanças nos estilos artísticos e melhorias inesperadas em seu trabalho, bem como adaptações em suas práticas artísticas, bem como representado por alguns pintores como Tommy McHugh (1949 -2012), Francisco Goya (1746-1828), Otto Dix (1891-1969), Willem de Kooning (1904-1997), William Charles Utermohlen (1933-2007) e Charles Meryon (1821-1868). Consequentemente, as obras de arte podem ser ferramentas valiosas, mas pouco estudadas, para a compreensão da disfunção cerebral, embora devam ser interpretadas com muito cuidado.