Fatores de risco para mucosite bucal em pacientes com leucemia linfóide aguda submetidos a diferentes protocolos de tratamento / Risk factors to oral mucositis in patients with acute limphoblastic leukemia submitted to different treatment protocols
Bauru; s.n; 2006. xvi,117 p. ilus, tab.
Tese
em Português
| LILACS, BBO
| ID: biblio-863925
RESUMO
A mucosite bucal está entre as principais complicações decorrentes do tratamento antineoplásico em pacientes com leucemia linfóide aguda (LLA). Entre os fatores de risco para sua ocorrência destacam-se a idade, o gênero e a leucometria inicial, além das drogas quimioterápicas com comprovada ação estomatotóxicas. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência e os fatores de risco para a mucosite bucal em pacientes com LLA submetidos a diferentes protocolos de tratamento quimioterápicos. Um total de 169 prontuários clínicos de pacientes oncológicos pediátricos submetidos a diferentes protocolos de tratamento para LLA no Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital Infantil Darcy Vargas, na cidade de São Paulo, no período compreendido entre 1994 a 2005 foram, retrospectivamente, avaliados. Os dados demográficos (idade e gênero) e clínicos (leucometria inicial, protocolo de tratamento a que foi submetido, evolução, ocorrência de mucosite e outras lesões bucais) foram registrados. A associação da mucosite bucal com as variáveis clínicas e demográficas foi obtida pelos testes do qui-quadrado e análise de regressão logística multivariada. Os resultados demonstraram uma freqüência de mucosite bucal em 46% dos pacientes oncológicos pediátricos com LLA sem correlação estatisticamente significativa entre sua ocorrência e o gênero (p=0,08), a idade (p=0,33) e a leucometria inicial (p=0,34). Na análise multivariada o protocolo de tratamento do grupo Berlim- Frankfurt-Munique de 1995 (ALL-BFM 95), de acordo com as variáveis avaliadas neste estudo, mostrou ser o fator mais significativo (p=0,009) para a ocorrência da mucosite bucal. Esses resultados fortemente sugerem uma maior estomatotoxicidade do protocolo ALL-BFM 95 comprovadas pela maior freqüência de mucosite bucal nos pacientes ontológicos pediátricos com LLA. Portanto, concluímos que a mucosite bucal deveria ser sistematicamente analisada nos centros especializados no tratamento da LLA que adotam diferentes protocolos de tratamento, visando não somente contribuir com a análise do grau de toxicidade das drogas quimioterápicas, mas principalmente, melhorar a qualidade de vida do paciente com base em condutas terapêuticas e profiláticas mais efetivas na prevenção de sua ocorrência
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Estomatite
/
Leucemia Linfoide
/
Protocolos Antineoplásicos
Tipo de estudo:
Estudo de etiologia
/
Guia de Prática Clínica
/
Fatores de risco
Idioma:
Português
Ano de publicação:
2007
Tipo de documento:
Tese
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