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Talidomida para tratamento da síndrome mielodisplásica / Thalidomide for treatment of myelodysplastic syndrome
s.l; CONITEC; [2014].
Não convencional em Português | LILACS, BRISA | ID: biblio-875102
RESUMO
A SÍNDROME: Síndrome mielodisplásica ou mielodisplasia (MDS, sigla em inglês) é uma desordem da célula-tronco hematopoiética caracterizada pela displasia em uma ou mais linhagens e pela hematopoese ineficaz. O resultado é uma pancitopenia (diminuição global de todos os elementos do sangue ­ hemácias, leucócitos e plaquetas) levando à anemia dependente de transfusões e a um aumento do risco de infecções ou hemorragia, além do aumento do risco de desenvolver leucemia mieloide aguda refratária com excesso de blastos-1 (RAEB-1), anemia refratária com excesso de blastos-2 (RAEB-2), citopenia refratária com displasia multilinhagem (CRDM), síndrome mielodisplásica não-classificada e mielodisplasia associada com a deleção isolada (5q). Além destes, a leucemia mielomonocítica crônica (CMML) e a leucemia mielomonocítica juvenil são tipos de cânceres de sangue que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica como "doenças mielodisplásicas/mieloproliferativas mistas". Os diferentes tipos de cânceres de sangue possuem manifestações diferentes e também exibem diferenças no prognóstico e na mortalidade. TRATAMENTO: As opções terapêuticas para MDS incluem: cuidados de suporte, terapia de baixa intensidade e terapia de alta intensidade. Os cuidados de suporte requerem transfusões de células vermelhas do sangue ou transfusões plaquetárias para trombocitopenia grave ou hemorragia trombocitopênica. A talidomida está sendo proposta como uma opção terapêutica de baixa intensidade no tratamento da Síndrome Mielodisplásica (CID: D46.0 ­ Anemia refratária sem sideroblastos, D46.1 ­ Anemia refratária com sideroblastos e D46.4 ­ Anemia refratária NE ­ não especificada) para os pacientes refratários à eritropoetina. A TECNOLOGIA: A talidomida é um derivado do ácido glutâmico e estruturalmente contém dois anéis amida e um único centro quiral. Este composto existe na forma de mistura equivalente dos isômeros S(-) e R(-) que se interconvertem rapidamente em condições fisiológicas. O enantiômero S está relacionado com os efeitos teratogênicos da talidomida, enquanto o enantiômero R é responsável pelas propriedades sedativas do fármaco. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: Foram priorizados, entre todos os artigos publicados até a data da busca: 1) ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas, meta-análises, estudos multicêntricos e ensaios clínicos, 2) nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola, 3) que avaliaram a Mielodisplasia ou a Síndrome Mielodisplásica e 4) com desfechos clínicos de eficácia: avaliação da resposta hematológica e tolerância à droga. Entretanto, não foram encontrados estudos com boa qualidade metodológica e bom grau de recomendação, sendo o estudo de Fase II de Bouscary e colaboradores (2005) e o estudo Fase II de Moreno-Aspitia e colaboradores (2006) os que apresentaram melhor qualidade. Os estudos de Fase II, também chamados de estudos de avaliação de dose, são fundamentais para se avaliar uma nova indicação médica para a talidomida, pois o medicamento não foi desenvolvido para esta finalidade e há a incerteza quanto às doses que favorecem a melhor resposta clínica livre de eventos ou com eventos adversos menores e toleráveis. CONCLUSÕES: A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança da talidomida para tratamento da Síndrome Mielodisplásica ou Mielodisplasia é baseada em estudos de Fase II de estabelecimento de doses e séries de casos, com qualidade média, produzida por equipes de pesquisadores diversas. Neste sentido, os resultados apresentados pelos estudos sugerem uma recomendação fraca a favor do medicamento. DECISÃO: PORTARIA SCTIE-MS N.º 45, de 16 de DEZEMBRO de 2014 - Torna pública a decisão de ampliar o uso da talidomida para tratamento da síndrome mielodisplásica no âmbito do Sistema Único de Saúde ­ SUS.
Assuntos
Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Talidomida / Síndromes Mielodisplásicas Tipo de estudo: Ensaio Clínico Controlado / Estudos de avaliação / Guia de Prática Clínica / Estudo prognóstico Limite: Humanos País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Português Ano de publicação: 2014 Tipo de documento: Não convencional

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