Can hepatic steatosis compromise the effect of physical exercise on body composition in obese children and adolescents? / Esteatose hepática pode comprometer o efeito do exercício físico sobre a composição corporal em crianças e adolescentes obesos?

ABSTRACT

Abstract Physical exercise is one of the forms of prevention and treatment of obesity and associated diseases such as hepatic steatosis. The aim of this study was to analyze whether hepatic steatosis interferes in the effect of physical exercise on the body composition of obese children and adolescents. The sample consists of 40 obese individuals, 13 children (8.17±1.33 years) and 27 adolescents (12.28±1.36 years). Total and segmental body composition was estimated by DEXA. Anthropometric measurements were performed, as well as ultrasound examination of the liver to measure intra-abdominal and subcutaneous fat, and to diagnose hepatic steatosis (HS). The intervention consisted of 20 weeks, with recreational/competitive activities being applied to children and, for adolescents, concurrent training (aerobic and resistance). The Levene's, repeated-measures ANOVA and effect size tests (ES) by Eta-Squared were performed. It was observed that, although not statistically significant, analyzing the effect size, physical activity in both children (body fat ES effect time= 0.210 and ES effect group= 0.208; fat mass ES effect group= 0.338; fat android ES effect Interaction= 0.267), and adolescents (intra-abdominal fat ES effect group= 0.230) regardless of whether or not HS was effective in reducing body fat. Therefore, exercise was effective in improving the body composition of obese children and adolescents, regardless of HS.

RESUMO

Resumo O exercício físico é uma das formas de prevenção e tratamento da obesidade e doenças associadas como a esteatose hepática. Objetivou-se analisar se a esteatose hepática interfere no efeito do exercício físico sobre a composição corporal de crianças e adolescentes obesos. A amostra consiste em 40 indivíduos obesos, sendo 13 crianças (8,17±1,33 anos) e 27 adolescentes (12,28±1,36 anos). A composição corporal total e por segmento foi estimada pelo DEXA. Realizou-se medidas antropométricas, bem como, o exame de ultrassom do fígado para mensurar a gordura intra-abdominal e subcutânea, assim, diagnosticar a esteatose hepática (EH). A intervenção foi composta por 20 semanas, sendo aplicadas nas crianças, atividades lúdico-recreativas/competitivas e para os adolescentes, treinamento concorrente (aeróbio e resistido). Foram realizados os testes de Levene, ANOVA de medidas repetidas e o tamanho do efeito (TE) pelo Eta-Squared. Observou-se que, apesar de não obter significância estatística, analisando o tamanho do efeito, o exercício físico tanto nas crianças (gordura corporal TE efeito tempo= 0,210 e TE efeito grupo= 0,208; massa gorda TE efeito grupo= 0,338; gordura andróide TE efeito interação= 0,267), quanto nos adolescentes (gordura intra-abdominal TE efeito grupo=0,230), independentemente se tinham ou não a EH foi eficaz para reduzir a gordura corporal. Observa-se que o exercício físico foi eficaz na melhora da composição corporal de crianças e adolescentes obesos independente da EH.