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Às margens do cuidado: regulações de gênero em uma equipe de saúde / On the margins of care: gender regulations in a health care team
Oliveira, Érika Cecília Soares; Pezzato, Luciane Maria; Mendes, Rosilda.
  • Oliveira, Érika Cecília Soares; Universidade Federal de Alagoas. Instituto de Psicologia. Maceió. BR
  • Pezzato, Luciane Maria; Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Saúde, Clínicas e Instituições. Santos. BR
  • Mendes, Rosilda; Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva. Santos. BR
Physis (Rio J.) ; 28(2): e280208, 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-955476
RESUMO
Resumo Embasado em uma perspectiva feminista, este artigo analisa como uma equipe de saúde tece as redes de cuidado e define práticas de saúde a partir do percurso de uma usuária. A metodologia utilizada é da pesquisa-intervenção inspirada na perspectiva cartográfica. Na tentativa de reduzir taxas de mortalidade materno-infantil, a equipe oferece à usuária uma rede que obedece a uma lógica burocrática com regras, normas e regulações. É possível observar como políticas voltadas para a maternidade definem processos de subjetivação responsáveis por formatar as usuárias, desenhando atos performativos enrijecidos. A equipe de saúde acaba por requisitar os corpos das usuárias de diferentes maneiras pelo fato de serem mulheres. Usuárias essas que, na maioria dos casos, são mães e pobres, o que traz singularidades em relação às suas trajetórias e nos modos como são vistas pelas equipes. Laqueadura, pré-natal, cuidados com a casa e (as)os filhas(os), acesso a determinados benefícios, todos juntos constituem elementos que orientam as decisões das equipes e agem como tecnologias de regulação de gênero capazes de legitimar violências institucionais cotidianas. A politização das práticas técnico-científicas se faz urgente a fim de assegurar que questões sobre direitos humanos e sociais possam fazer parte do dia a dia das equipes que estão nos territórios.
ABSTRACT
Abstract From a feminist perspective, this article analyzes how a healthcare team weaves care networks and defines health practices from the course of a female user. The methodology used is the intervention research inspired by the cartographic perspective. In the attempt to reduce mother-and-child mortality rates, the staff offers female user a network that obeys a bureaucratic logic with rules, norms and regulations. We can notice how policies for maternity define processes of subjectivation responsible for shaping the female users, outlining rigid performative acts. The healthcare team eventually requires the female users' bodies in different ways by the fact that they are women. In most cases those users are mothers and poor, which involves singularities in relation to their trajectories and to the way the teams regard them. Tubal ligation, pre-natal care, care with house and children, access to certain benefits, together are elements that guide the staffs' decisions and act as technologies for gender regulation able to legitimate quotidian institutional violence. The politicization of the technical-scientific practices becomes urgent in order to ensure that issues on human and social rights may be part of the daily routine of teams that work in those territories.
Assuntos


Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Atenção Primária à Saúde / Sistema Único de Saúde / Brasil / Serviços de Saúde da Mulher / Saúde da Mulher / Pessoal de Saúde / Feminismo / Marginalização Social / Violência de Gênero / Política de Saúde Limite: Feminino / Humanos / Gravidez País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Português Revista: Physis (Rio J.) Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2018 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade Federal de Alagoas/BR / Universidade Federal de São Paulo/BR

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