Tolerance to the herbicide clomazone and potential for changes of forest species / Uso de espécies florestais para diminuição do resíduo de clomazone no ambiente

ABSTRACT

Clomazone has excelled among Brazilian non-target-site herbicides with high environmental impact. Its high solubility in water can result in leaching, contaminating groundwater and watercourses with possible riparian forest degradation. This situation can be mitigated by phytoremediation process. This study aimed to identify tree species tolerant to clomazone aiming to use them in bioremediation programs. Twelve forest species were evaluated Inga marginata Willd, Handroanthus serratifolius (A.H. Gentry) S. Grose, Jacaranda puberula Chan, Cedrela fissilis Vell, Calophyllum brasiliense Cambess, Psidium myrsinoides Berg, Tibouchina granulosa Cogn, Caesalpinia ferrea Mart ex. Tul, Caesalpinia pluviosa DC, Terminalia argentea Mart & Zucc, Schinopsis brasiliensis Eng and Schizolobium parahyba (Vell). The statistical analysis was performed in a completely randomized block design with four replications. Three clomazone applications were made each 20 days (60, 80 and 100 days after planting); each application was equivalent to one-half of the recommended rate (2.0 L ha-1). The evaluated parameters were plant height, stem diameter, leaf number, leaf area and dry biomass. The forest species survived the clomazone application; and I. marginata, C. ferrea and S. brasiliensis showed increased tolerance to this herbicide, demonstrating potential for phytoremediation of areas contaminated by clomazone.

RESUMO

Entre os herbicidas com elevado impacto ambiental em sítios não alvo no Brasil, o clomazone tem se destacado. A alta solubilidade desse herbicida em água pode resultar em lixiviação, ocasionando contaminação de mananciais de água subterrânea e cursos d'água, com possível degradação de matas ciliares. Esta circunstância pode ser mitigada por meio de processos de fitorremediação. Este trabalho objetivou identificar espécies arbóreas tolerantes ao clomazone visando utiliza-las em programas de biorremediação. Foram avaliadas doze espécies florestais Inga marginata Willd, Handroanthus serratifolius (A.H. Gentry) S.Grose, Jacaranda puberula Chan, Cedrela fissilis Vell, Calophyllum brasiliense Cambess, Psidium myrsinoides Berg, Tibouchina granulosa Cogn, Caesalpinia ferrea Mart ex. Tul, Caesalpinia pluviosa DC, Terminalia argentea Mart & Zucc, Schinopsis brasiliensis Eng e Schizolobium parahyba (Vell) Blake. Foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram feitas 3 aplicações do herbicida clomazone com intervalos de 20 dias (aos 60, 80 e 100 dias após o plantio), cada aplicação foi correspondente a metade da dose comercial de 2.0 L ha-1. Foram avaliados a altura da planta, o diâmetro do caule, o número de folhas, a área foliar e o acúmulo de biomassa seca. Constatou-se que todas as espécies sobreviveram à aplicação de clomazone, contudo I. marginata, C. ferrea e S. brasiliensis apresentaram maior tolerância ao herbicida, demonstrando potencial para o uso em programas de fitorremediação de áreas contaminadas pelo clomazone.