Disforia de Gênero em crianças: revisão integrativa da literatura e recomendações para o manejo na Atenção Primária à Saúde / Gender Dysphoria in children: integrative literature review and management recommendations in Primary Health Care / Disforia de Género en niños: revisión integrativa de la literatura y recomendaciones para el manejo en la Atención Primaria a la Salud

RESUMO

Introdução: Disforia de Gênero em crianças é um tema pouco abordado no treinamento clínico, apesar do aumento do interesse das famílias sobre as questões de gênero. Objetivos: Realizar revisão integrativa de pesquisas sobre Disforia de Gênero em crianças e identificar recomendações para o manejo na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Revisão integrativa da literatura utilizando termos MeSH nas bases de dados Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo para artigos publicados entre 2008 e 2018 que utilizaram crianças transgêneras em suas análises. Resultados: Dos 2.488 artigos identificados pela chave de busca, 12 artigos foram selecionados para estudo. A maioria de centros especializados no atendimento a crianças transgêneras em quatro países. O profissional de saúde deve realizar anamnese direcionada às questões de comportamento da criança em casa e na escola, dinâmica familiar, contexto cultural, história familiar de não conformidade de gênero, vida social da criança e segurança infantil. Deve-se atentar para a avaliação psicossocial adequada para a idade da criança. Cabe à equipe de Atenção Primária à Saúde esclarecer as principais dúvidas das famílias, realizar a suspeita diagnóstica e encaminhar ao centro especializado no atendimento a crianças transgêneras do seu estado. Conclusão: Cabe à equipe de Atenção Primária à Saúde providenciar um ambiente acolhedor e sem discriminação para que estas famílias sejam avaliadas e conduzidas de forma adequada.

ABSTRACT

Introduction: Gender dysphoria in children is a subject rarely addressed in clinical training, despite the increased interest of families on gender issues. Objective: Achieve an integrative review of papers about Gender Dysphoria in children and identify recommendations for management in Primary Health Care. Methods: Integrative literature review using MeSH terms in the Pubmed, Medline, Lilacs and Scielo databases for articles published between 2008 and 2018 that used transgender children in their analyzes. Results: From the 2,488 articles identified by the search key, 12 articles were selected. Most of them are from specialized centers for the care of transgender children in four countries. The health professional should carry out anamnesis directed to the child's behavioral issues at home and at school, family dynamics, cultural context, family history of non-compliance of gender, social life of the child and child safety. Attention should be paid to psychosocial assessment appropriate to the child's age. It is up to the Primary Health Care team to clarify the main doubts of the families, to carry out the diagnostic suspicion and to refer to the specialized center for the care of the transgender children of their state. Conclusion: It is up to the Primary Health Care team to provide a welcoming and non-discriminatory environment so these families can be properly evaluated and conducted.

RESUMEN

Introducción: La disforia de género en los niños es un tema poco abordado en el entrenamiento clínico, a pesar del aumento del interés de las familias sobre las cuestiones de género. Objetivo: Lograr una revisión integrativa de investigación sobre la Disforia de Género en los niños e identificar recomendaciones para el manejo en Atención Primaria de Salud. Métodos: Revisión integrativa de la literatura utilizando términos MeSH en las bases de datos Pubmed, Medline, Lilacs y Scielo para artículos publicados entre 2008 y 2018 que utilizaron niños transgéneros en sus análisis. Resultados: De los 2.488 artículos identificados por la clave de búsqueda, 12 artículos fueron seleccionados. En su mayoría, de centros especializados en atención a los niños transgéneros de cuatro países. El profesional de salud debe realizar anamnesis dirigida a las cuestiones de comportamiento del niño en casa y en la escuela, dinámica familiar, contexto cultural, historia familiar de no conformidad de género, vida social del niño y seguridad infantil. Se debe poner atención a la evaluación psicosocial adecuada para la edad del niño. Cabe al equipo de Atención Primaria a la Salud aclarar las principales dudas de las familias, realizar la sospechosa diagnóstica y encaminar al centro especializado de atención a los niños transgéneros de su estado. Conclusión: Cabe al equipo de Atención Primaria a la Salud proporcionar un ambiente acogedor y sin discriminación para que estas familias sean evaluadas y conducidas de forma adecuada.