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Comportamento da populaçåo brasileira feminina em relaçåo ao cåncer cérvico-uterino / Behavior of feminine brazilian population in relation to cervico-uterine cancer
J. bras. ginecol ; 105(11/12): 505-15, nov.-dez. 1995. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-159246
RESUMO

Introduçåo:

O Ministério da Saúde sendo o responsável pela política de controle de câncer, no Brasil, tem como uma de suas metas a educaçåo da populaçåo sobre a prevençåo dos fatores de risco de câncer. Para isso, é necessário se conhecer os hábitos e costumes desta populaçåo, no que diz respeito à prevençåo, diagnóstico precoce e conhecimento da doença. O câncer cérvico-uterino no Brasil, ao contrário de que ocorre nos países desenvolvidos, apresenta altas taxas de mortalidade e morbidade, em decorrência dos diagnósticos serem, geralmente, feitos em estágios avançados, apesar deste tipo de câncer ser facilmente diagnosticado e apresentar altas taxas de cura quando esse diagnóstico é feito precocemente. Com o objetivo de avaliar o comportamento das mulheres em relaçåo ao exame preventivo de Papanicolaou visando o planejamento de estratégias para o desenvolvimento de programas de controle do câncer cérvico-uterino, o INCA realizou um inquérito populacional. O desenho deste inquérito permitiu obter dados sobre fatores de risco de câncer cérvico-uterino e comportamento frente ao exame preventivo ou teste de Papanicolau da mulher brasileira.

Metodologia:

A pesquisa foi realizada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opiniåo Pública), de acordo com critérios internacionais de pesquisa de opinåo pública, com o objetivo de levantar na populaçåo, opiniöes sobre o conhecimento e comportamento em relaçåo ao exame de Papsnicolau na prevençåo do colo uterino. As entrevistas foram pessoais utilizando-se questionários elaborados por uma equipe de técnicos do Pro-Onco/INCA e do IBOPE, de acordo com os objetivos da pesquisa. A pesquisa de campo foi realizada por uma equipe de entrevistadores do IBOPE. Resultados e discussåo Em relaçåo às características da amostra 62 por cento das entrevistadas tinha idade inferior a 40 anos, 43 por cento tinha grau de instruçåo até o primário completo, 61 por cento era proveniente das regiöes sudeste do país, 63 por cento morava em cidades do interior, 74 por cento tinha renda familiar de até cinco salários mínimos e 66 por cento era casada ou vivia em uniåo. Resultados preliminares mostraram que 76 por cento das mulheres sabiam da existência do exame de Papanicolaou e o conhecimento do teste era diretamente proporcional ao grau de instruçåo das entrevistadas, assim como å sua renda familiar; era maior na regiåo sudeste e também nas capitais. Sessenta e quatro por cento das entrevistadas já tinham realizado o teste pelo menos uma vez. Essa porporçåo era maior nas mulheres casadas ou que viviam em uniåo e crescia proporcionalmente com a escolaridade e com renda familiar. Somente 1 por cento delas referiam que o teste deveria ser feito com a periodicidade recomendada de três em três anos, enquanto que 35 por cento referia que achavam que este exame deveria ser feito anualmente. Vários eram os motivos alegados para a nåo realizaçåo deste exame. Os mais freqüentes falta de vida sexual ativa, desconhecimneto sobre a existência do exame e falta de acessoramento médico ou serviço de saúde. Sessenta e dois por cento das entrevistadas tiveram sua primeira relaçåo sexual antes dos 20 anos de idade.

Conclusöes:

Uma expressiva proporçåo de mulheres (76 por cento) tinha conhecimento da existência do teste de Papanicolau. Entretanto, somente 64 por cento já haviam feito pelo uma vez o teste e somente 30 por cento referiram tê-lo feito mais três vezes na vida. Dentre as variáveis consideradas na tabulaçåo dos dados, o grau de escolaridade e a renda familiar foram aquelas onde se observou uma maior influência em relaçåo ao esclarecimento a respeito do exame e da frequência da sua realizaçåo. Com os dados obtidos nåo é possível afirmar a cobertura do teste de Papanicolaou, uma vez que a pergunta foi fechada em quantos exames foram realizados por mulher e nåo uma pergunta aberta como quando foi o último exame, o que seria ideal. No entanto é possível sugerir uma cobertura de aproximadamente 30 por cento. Esta estimativa está longe de ser o ideal mas ela serve para balizar a adoçåo de medidas que orientem a política de preservaçåo do câncer cérvico-uterino. Estudos de fatores de risco såo sugeridos além de pesquisas comparativas semelhantes para servirem de indicadores de avaliaçåo de programas de prevençåo e controle deste tipo de câncer no Brasil. Enfase também deve ser dada å divulgaçåo do teste de Papanicolaou, sua realizaçåo com periodicidade adequada e orientaçåo para as mulheres retornaram para conhecimento do resultado de seu teste e orientaçöes
Assuntos
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Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Fatores Socioeconômicos / Neoplasias Uterinas / Brasil / Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde Tipo de estudo: Pesquisa qualitativa / Fatores de risco / Estudo de rastreamento Limite: Feminino / Humanos País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Português Revista: J. bras. ginecol Assunto da revista: Ginecologia Ano de publicação: 1995 Tipo de documento: Artigo

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