Limitaçöes da cardiomioplastia no tratamento das cardiomiopatias / Cardiomyoplasty limitations in the treatment of cardiomyopathies
Rev. bras. cir. cardiovasc
; Rev. bras. cir. cardiovasc;7(2): 127-35, abr.-jun. 1992. tab, graf
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-164359
Biblioteca responsável:
BR1.1
RESUMO
A cardiomioplastia melhora a funçao ventricular esquerda e a sobrevida de pacientes portadores de cardiomiopatas severas. O objetivo deste estudo é identificar os fatores que influenciaram os resultados da cardiomioplastia em 22 pacientes operados entre maio de 1988 e dezembro de 1991. Todos os pacientes estavam em classe funcional III ou IV, apesar do uso de terapêutica clínica otimizada. Dezoito pacientes tinham diagnóstico de cardiomiopatia idiopática, a cardiomiopatia era chagásica em 2 e isquêmica em 2. Nao houve óbitos no período pós-operatório imediato e os pacientes foram seguidos por um período médio de 20,5 meses. Nove pacientes faleceram tardiamente e a sobrevida atuarial foi 76,1 por cento no primeiro ano e 63,8 por cento no segundo ano de seguimento. Seis pacientes estao, atualmente, em classe funcional I, e 7 em classe II. A mortalidade e a manutençao dos sintomas, no primeiro ano pós cardiomioplastia, foi relacionada a ocorrência de tromboembolismo pulmonar e a progressao da insuficiência cardíaca em pacientes com alteraçoes isquêmicas do enxerto muscular, no pós-operatório imediato (pico de liberaçao plasmática da creatinoquinase > 1500 U.I.) (p=O,O3). Paralelamente, a elevaçao da fraçao de ejeçao do ventrículo esquerdo, documentada aos seis meses de seguimento, foi mais importante em pacientes que apresentaram valores menores de liberaçao da creatinoquinase após a operaçao(p=O,O2). Já o tamanho da cavidade ventricular esquerda pareceu influenciar a variaçao da fraçao de ejeçao apenas quando foram retirados da análise os pacientes com comprometimento importante do enxerto muscular (p=O,O6). Apesar de nao ter havido influência da classe funcional pré-operatória sobre esse parâmetro e sobre a evoluçao clínica, no primeiro ano de seguimento, os pacientes operados em classe funcional IV apresentaram uma sobrevida, no segundo ano de pós-operatório, significativamente inferior à dos pacientes operados em classe III (33,3 por cento versus 78,1 por cento, p=O,O4). Em conclusao, a melhora da funçao ventricular esquerda e a melhor evoluçao clínica após a cardiomioplastia podem ser limitadas pela ocorrência de lesao isquêmica do enxerto muscular. A condiçao clínica pré-operatória, bem como o grau de dilataçao das câmaras ventriculares, sao, também, fatores importantes para o sucesso deste procedimento no tratamento das cardiomiopatias.
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Assunto principal:
Cardiomiopatia Dilatada
/
Cardiomioplastia
Tipo de estudo:
Observational_studies
/
Prognostic_studies
Limite:
Adolescent
/
Adult
/
Female
/
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. cir. cardiovasc
Assunto da revista:
CARDIOLOGIA
/
CIRURGIA GERAL
Ano de publicação:
1992
Tipo de documento:
Article
/
Congress and conference