A cardiotocografia anteparto na rotura prematura das membranas / Antepartum cardiotocography in premature rupture of membranes

RESUMO

O nosso objetivo foi estudar as alteraçoes cardiotocográficas decorrentes do oligoâmnio abrupto que se instala após a rotura prematura das membranas. Para isso, foram analisados 72 cardiotocogramas anteparto em 72 gestantes com RPM, entre 28 e 41 semanas e seis dias, constituindo o grupo-estudo. Os cardiotocogramas destas pacientes foram comparados com 72 cardiotocogramas de 72 gestantes normais e com membranas integras, de idades gestacionais semelhantes às do grupo-estudo, constituindo o grupo-controle. As variáveis cardiotocográficas comparadas foram nível da freqüência cardíaca fetal basal, alteraçoes periódicas e nao periódicas da FCF e resposta acelerativa à estimulaçao vibroacústica. Conclulmos que a rotura prematura das membranas diminui a variabilidade da freqüência cardíaca fetal basal. A reatividade cardíaca fetal aos movimentos corpóreos fetais e à estimulaçao vibroacústica predispoe ao aparecimento das desaceleraçoes variáveis, contribuindo para maior número de cardiotocogramas subnormais e patológicos. Ressaltamos, finalmente, que diante de gestantes com rotura prematura das membranas em que a conduta conservadora for tomada, impoe-se a realizaçao da cardiotocografia anteparto de rotina, objetivando melhorar os resultados perinatais.