II estudo sobre a prática ortodôntica no Brasil: 1995 / II orthodontic practice study in Brazil: 1995

RESUMO

Este estudo tem por objetivo conhecer melhor a profissäo do ortodontista brasileiro, comparando seus resultados com os obtidos no primeiro estudo sobre a prática ortodôntica no Brasil, realizado em 1993, pelo Dr. Geraldo Queiroz Júnior, ex-aluno do curso de pós-graduaçäo em ortodontia da Universidade Federal do Paraná. Foi enviado pelo correio um questionário a todos os ortodontistas registrados no Conselho Federal de Odontologia até 31 de janeiro de 1995 (2008 ortodontistas). Foram avaliadas questöes já contidas no estudo de 1993 e outras com relaçäo à cefalometria, uso de aparelho de traçäo extrabucal e percentual de extraçöes. Dos 2008 questionários enviados, 547 retornaram (27,24 por cento). A idade mediana do ortodontista brasileiro (42 anos) é igual à encontrada no estudo de 1993; porém, o tempo de atividade clínica (13 anos) é menor. A média de pacientes ativos (167) diminui, embora a diferença näo seja estatisticamente significante. A média de horas trabalhadas por semana (28,66 por cento) foi estatisticamente menor que a de 1993 (32hs). A ortopedia funcional dos maxilares é utilizada por 71,08 por cento dos ortopedistas brasileiros e 97,46 por cento utiliza alguma técnica do mecanismo Edgewise, prevalecendo a técnica Edgewise clássica (56,55 por cento), seguida da técnica do arco contínuo (40,04 por cento). Observou-se que näo existe diferença estatística entre a produtividade das técnicas. Os resultados sobre as fontes de indicaçäo de pacientes, a documentaçäo ortodôntica de rotina e as informaçöes por escrito fornecidas aos pacientes säo muito próximos aos encontrados em 1993. Quase todos os profissionais relataram usar algum tipo de análises de Steiner e/ ou Tweed. Dos ortodontistas respondentes, 96,44 por cento indicam a exodontia de dentes permanentes com finalidade ortodôntica, com um percentual de 27,69 por cento de casos tratados com extraçäo, e 91,57 por cento utilizam algum tipo de traçäo extrabucal