Análise da doença degenerativa da articulaçäo acromioclavicular: correlaçäo entre avaliaçäo clínica e a ressonância magnética / Analysis of the degenerative disease of the acromioclavicular joint: a correlation between clinical evaluation and magnetic resonance imaging

RESUMO

O uso da ressonância magnética como método complementar na avaliação das doenças do ombro permitiu a demonstração precoce de alterações osteoarticulares ainda em fase pré-radiológica. A doença degenerativa da articulação acromioclavicular é achado freqüente na ressonância magnética em pacientes acima de 40 anos. Não se sabe com precisão qual o papel dessas alterações como fonte de dor ou compressão mecânica. O autor avalia 38 exames de ressonância magnética em pacientes acima de 40 anos, todos demonstrando alterações degenerativas na articulação acromioclavicular. Em 35 casos o exame fora solicitado para avaliação de roturas do manguito rotador, em dois para necrose avascular e em um caso para rotura traumática do subescapular. Somente em dois pacientes (7,6 por cento) havia sintomas dolorosos na articulação acromioclavicular. Esse estudo demonstra que, apesar da degeneração articular evidenciada na ressonância magnética, normalmente ela não é causa de dor, devendo ser evitados procedimentos desnecessários e destrutivos na articulação acromioclavicular.