Reposicionamento cirúrgico dos segundos molares inferiores e contençäo com complexo de colágeno tipo I com hidroxiapatita / Surgical repositioning of lower second molar teeth and contention with hidroxiapatite collagen type I complex

RESUMO

Segundos molares inferiores impactados näo ocorrem frequentemente. Por diferentes motivos, podem ficar impactados nos primeiros molares, näo fazendo sua erupçäo na época normal. Diversos säo os fatores etiológicos mas o mais comum é a falta de espaço no arco dental, devido ao inadequado crescimento mandibular. Quando ocorre, e o tratamento ortodôntico convencional näo dispöe de meios para levar este dente à oclusäo, as alternativas de tratamento para a impactaçäo de segundos molares säo cirúrgicas. Este trabalho teve como primeiro objetivo fazer um estudo experimental para observar a biocompatibilidade do material, em mandíbula de 10 ratos. Achados histológicos mostraram que este material é pelo menos osteocondutivo. A ossificaçäo ocorreu em uma matriz membranosa, e nenhuma ossificaçäo endocondral foi encontrada. O objetivo desta tese foi analisar três técnicas de reposicionamentos cirúrgicos de segundos molares inferiores: G1 (inclinaçäo sem enxerto); G2 (inclinaçäo com enxerto), e G3 (mobilizaçäo dental, com enxerto). O grupo de estudo consistiu de 31 pacientes com 37 segundos molares inferiores impactados (31 mediais e 6 verticais) reposicionados. No G1, 11 dentes; no G2 20 dentes e no G3 6 dentes. No G2 e G3 utilizou-se o Complexo dwe Colágeno Tipo I com hidroxiapatita. Os pacientes foram avaliados clínica e radiograficamente, por, pelo menos 2 anos, no seguinte critério: 1-continuaçäo do crescimento radicular, 2-mormalidade pulpar, 3-normalidade da altura da crista óssea adjacente, e 4-patologias em áreas anexas. Os resultados foram: 70 por cento de sucesso no G1, 100 por cento de sucesso no G2 e 83 por cento de sucesso no G3. As conclusöes foram: 1- o material de enxerto é biocompatível conforme comprovaçäo histológica em mandíbulas de ratos; 2 - o material de enxerto utilizado (em G2 e G3), gradualmente foi sendo substituído por osso do paciente, preenchendo portanto sua funçäo biomecânica e osseoindutiva. A alta porcentagem de sucesso clínico justifica a utilizaçäo da técnica G2: reposicionamento cirúrgico e contençäo com Complexo de Colágeno Tipo I com Hidroxiapatita