Análise das complicaçöes pós-operatórias em decolostomias / Analysis of postoperative complications in colostomy closure

RESUMO

Este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência de complicações em pacientes submetidos à colostomia e reconstrução do trânsito intestinal. Para isto, estudou-se 56 pacientes, com idade média de 39 anos, sendo 37 homens e 19 mulheres. As principais indicações para a colostomia foram ferimento por arma de fogo (35 por cento), doença diverticular perfurada (12,5 por cento) e câncer colo-retal (12 por cento). O tipo de colostomia mais realizado foi terminal (70 por cento), com utilização do sigmóide em 71,4 por cento dos casos. O tempo médio de permanência da colostomia foi de 5,5 meses. A reconstrução do trânsito foi realizada através de anastomose término-terminal em 85,7 por cento dos pacientes, através de síntese mecânica com stapler circular em 5 pacientes ou manual em 51 pacientes. Observou-se taxa de complicações de 25 por cento, sendo as mais frequentes a infecção de parede (35,7 por cento), as fístulas (28,6 por cento) e a hemorragia digestiva baixa (21,4 por cento). Conclui-se que a reconstrução do trânsito intestinal não está isenta de riscos cirúrgicos e apresenta taxas consideráveis de complicações pós-operatórias, sendo que a infecção continua a ser um dos maiores desafios existentes neste procedimento.