Eletromanometria do esfíncter superior do esôfago e suas relaçöes com o esfíncter inferior / Electromanometry of the upper esophageal sphyncter and their correlations with the lower esophageal sphyncter

RESUMO

Foram utilizados 25 cäes adultos, realizando-se exames eletromanométricos do esfíncter inferior e superior do esôfago, medindo-se pressäo de repouso e comprimento destas estruturas, através de três técnicas de puxada uma técnica intermitente e duas técnicas contínuas, uma delas lenta e outra rápida. Cada animal sofreu três introduçöes de sonda para cada técnica em uma fase inicial e em seguida, foi submetido a um dos três procedimentos cirúrgicos seguintes 1. Miotomia do músculo cricofaríngeo; 2. Miotomia dos músculos supra e infra-hióideos e do músculo cricofaríngeo; 3. Miotomia dos músculos eupra e infra-hióideos. No pós operatório imediato as medidas de pressäo e comprimento dos esfíncteres esofágicos foram repetidas. A pesquisa objetivou 1. Estudar as técnicas de puxada nos esfíncteres inferior e superior do esôfago, investigar o efeito de seqüência de uma medida sobre as subsequentes e analisar a variabilidade dos valores colhidos pelas diversas técnicas; 2. Comparar as técnicas de puxada nas duas etapas da pesquisa e as repercussöes sobre a pressäo e o comprimento; 3. Comparar o comportamento de ambos os esfíncteres frente às técnicas de puxada; 4. Avaliar o efeito das manipulaçöes cirúrgicas do ESE sobre o EIE; 5. Avaliar o papel dos músculos supra e infra-hióideos na pressäo de repouso do ESE. Os resultados obtidos permitiram concluir que - As técnicas de puxada aplicada aos esfíncteres superior e inferior do esôfago, revelam, indistintamente, grande variabilidade dos valores de pressäo e comprimento. - Para grupos de indivíduos, em um dado momento, podem-se obter valores confiáveis através de uma única introduçäo para coletas de dados, pois näo existe efeito de sequência entre puxadas. - O comportamento do ESE é semelhante ao do EIE, frente às técnicas de puxada, nas possíveis variaçöes ocorridas na pressäo de repouso, produzidas pela presença da sona na luz esofágica. - Para pressöes de repouso, näo existe efeito de técnica e as puxadas podem ser usadas indiferentemente, em ambos os esfíncteres, para grupos de indivíduos. - Os comprimentos diferem significativamente quando obtidos pels técnica contínua rápida säo sempre maiores que aqueles fornecidos pela técnica intermitente. - Alteraçäo da pressäo de repouso do ESE devido a manipulaçöes cirúrgicas näo interfere na pressäo de repouso do EIE. - Após cirurgias realizadas sobre o ESE, a relaçäo entre as técnicas de puxada utilizadas permanece, em geral, inalterada...