Administraçäo de Levonorgestrel a ratas lactando: desenvolvimento físico das crias / Levonorgestrel administration during rat lactation: physical development of pups

RESUMO

Em estudos prévios foram detectadas alteraçöes de medidas corporais e de peso de órgäos de ratos púberes, cujas mäes foram tratadas com levonorgestrel. A dose usada (0,5 ug/dia/ do 7§ ao 13§ dias do período de lactaçäo) foi considerada inferior à usada em humanos visto que o metabolismo do levonorgestrel é 25 a 50 vezes mais rápido que em mulheres. Portanto cabe verificar se a administraçäo de dose mais elevada causa acentuaçäo das alteraçöes morfométricas observadas anteriormente, sendo esse o objetivo do presente trabalho. Ratas lactando foram, aleatoriamente, distribuídas em grupos para controle e grupos para tratamento com levonorgestrel (30 mmg/rata 3 x dia) do 7§ ao 13§ dia de vida. O grupo controle recebeu 0,5 ml de água destilada, seguindo o mesmo esquema. As crias foram contadas e pesadas nos dias 1, 4, 7, 10 e 13 após o nascimento, para obtençäo dos índices de sobrevivência, de lactaçäo e de crescimento. Anotaram-se óbitos entre crias e mäes. Na puberdade (data da abertura vaginal e da descida do testículo), as crias foram sacrificadas, medindo-se depois o comprimento do corpo, da cauda e do pé; as distâncias inter-auricular e de joelho-tornozelo e pesaram-se os órgäos do sistema reprodutor, hipófise, suprarrenal, fígado, cérebro e rins. Os resultados mostraram que a administraçäo do levonorgestrel a ratas, durante o período de lactaçäo plena, näo altera o comportamento materno nem causa toxicidade materna, observável por indicativos clínicos. Näo modifica a quantidade e a qualidade do leite, avaliada pelo crescimento físico, índices de viabilidade e crescimento de ninhadas a diferentes intervalos de vida pós-natal. A puberdade dos machos foi atrasada em um dia; além disso apresentaram comprimento da cauda e amplitude, peso de rins, coraçäo e vesícula seminal (com glândula de coagulaçäo), inferiores aos machos de mäes controles. As crias do sexo feminino apresentaram comprimento do pé, amplitude, distância joelho-tornozelo, peso de fígado, de rins, de pulmäo, de coraçäo e de ovidutos, menores que os de fêmeas provenientes de mäes controles.