Plastia valvar mitral na doença cardíaca reumática e degeneração mixomatosa: estudo comparativo / Mitral valve repair in rheumatic heart disease and mixomatous degeneration: a comparative study
Rev. bras. cir. cardiovasc
; 17(1): 24-34, jan.-mar. 2002. tab
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-314580
Biblioteca responsável:
BR44.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
No Brasil, a maioria das intervenções na valva mitral são devidas à doença cardíaca reumática (DR). Algumas vantagens da plastia mitral em relação à troca valvar são menor mortalidade operatória e tardia, manutenção da geometria e função ventricular esquerda e menor número de eventos relacionados à valva. A evolução da DR, porém, interfere negativamente nos resultados de reconstrução.OBJETIVO:
Este trabalho tem como objetivo analisar os resultados da plastia mitral na correção da insuficiência mitral pura em pacientes com DR, tendo como referência pacientes com degeneração mixomatosa (DM). CASUÍSTICA EMÉTODO:
O estudo foi retrospectivo, baseado em revisão de prontuários de 9 pacientes com DM e 11 com DR submetidos a plastia ou reconstrução valvar mitral entre julho de 1992 e agosto de 1999. Foram realizados 26 procedimentos na valva mitral dos pacientes com DM e 31 naqueles com DR. Anuloplastia com anel maleável de pericárdio bovino foi realizada em 18 (90por cento) pacientes, e apenas duas com anel rígido (uma em cada grupo). Em relação ao reparo de defeitos nas cúspides, foi realizado um total de 24 procedimentos. As técnicas foram ressecção quadrangular (n=13), encurtamento por trincheira (n=5), comissurotomia (n=4), extensão de folheto posterior (n=3), transposição de corda (n=3), reposição de corda (n=2), papilotomia (n=2), plicatura de corda (n=1) e dobramento de folheto (n=1).RESULTADO:
O seguimento médio foi de 3,4 anos, e apenas um paciente com DR não compareceu às consultas. Não houve mortalidade hospitalar ou tardia. Um paciente com DR foi reoperado e nenhum no grupo de DM. A taxa de risco linear para reoperação foi de 2,59por cento por paciente/ano no grupo com DR. Um paciente com DR apresentou endocardite três meses após a operação. Os diâmetros sistólico e diastólico finais de ventrículo esquerdo de ambos os grupos não apresentaram diferença estatística.CONCLUSÕES:
Concluímos que o resultado pós-operatório imediato e a médio prazo (3,4 anos) da reconstrução mitral por insuficiência mitral pura foi satisfatório nos dois grupos. A evolução dos pacientes com doença cardíaca reumática no período de seguimento foi comparável àqueles com degeneração mixomatosa quanto a mortalidade imediata e tardia, endocardite, acidente tromboembólico e sangramento associado anticoagulante
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Assunto principal:
Febre Reumática
/
Valva Mitral
Limite:
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. cir. cardiovasc
Assunto da revista:
CARDIOLOGIA
/
CIRURGIA GERAL
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Article