Revascularização do miocardio em pacientes após a oitava década de vida / Myocardial revascularization in patients above the eightiest decade of life
Rev. bras. cir. cardiovasc
;
17(2): 8-14, abr.-jun. 2002. tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-314740
RESUMO
Objetivo:
Avaliar a morbi-mortalidade hospitalar e a qualidade de vida de pacientes, acima de 70 anos de vida, submetidos à operação de revascularização do miocárdio (CRM). Casuística eMétodos:
No período de julho de 1992 a fevereiro de 2000, foram realizadas 507 CRM, no Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de Cascavel. Em 70 destes casos os pacientes tinham idade igual ou superior a 70 anos. Neste grupo predominou o sexo masculino, em 57por cento dos casos, e a idade média foi de 72,9 anos (70-85 anos). Vinte e seis pacientes apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 25 doença pulmonar obstrutiva crônica importante, 17 diabete melito e 8 insuficiência renal crônica, no pré-operatório. Trinta e sete pacientes apresentavam infarto agudo do miocárdio (IAM) pré-operatório, sete haviam sido submetidos à angioplastia transluminal percutânea, sete apresentavam lesão de tronco de artéria coronária esquerda e um havia sido submetido à CRM anteriormente. Foram realizados 2,8 enxertos/ paciente, sendo usados condutos arteriais em 53por cento dos casos. Foi realizada endarterectomia em sete artérias, aneurismectomia de ventrículo esquerdo em sete pacientes e ventriculectomia parcial esquerda em um. A operação foi realizada em caráter de emergência em nove casos. Houve necessidade de contrapulsação aórtica em quatro pacientes.Resultados:
O tempo médio de permanência na UTI e no hospital foi de 4 (1-24) e 12,2 (3-34) dias, respectivamente. A mortalidade hospitalar geral foi de 7,1 por cento. Quando analisada por subgrupos, a mortalidade dos pacientes de 70 a 74 anos (57 casos) foi de 5,3por cento, e a dos últimos 35 casos de 2,8por cento. No pós-operatório imediato, as complicações mais freqüentes foram insuficiência respiratória (10), arritmia atrial (7), alteração de conduta (6), infecção pulmonar (6), embolia pulmonar (5), síndrome de baixo débito (4), IAM (3), AVC (3), insuficiência renal aguda (4) e mediastinìte (1). No seguimento tardio, quatro (6,1por cento) pacientes foram a óbito, dois deles por causas não cardíacas.Conclusão:
Diante destes resultados, os autores acreditam que a CRM pode ser realizada em indivíduos com idade superior a 70 anos, com mortalidade semelhante ao grupo total de pacientes submetidos à operação de revascularização do miocárdio. Entretanto, considerandose as altas taxas de morbidade, há necessidade de indicação criteriosa e de preparo rigoroso para diminuir as complicações pós...
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Doença das Coronárias
/
Revascularização Miocárdica
Limite:
Idoso
/
Humanos
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. cir. cardiovasc
Assunto da revista:
Cardiologia
/
Cirurgia Geral
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Instituto de Moléstias Cardiovasculares de Cascavel/BR
/
Universidade Estadual do Oeste do Paraná/BR
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