Retinoblastoma: diagnóstico e estadiamento clínico da doença na última década / Retinoblastoma: diagnosis and clinical staging in the last decade
Rev. bras. oftalmol
;
61(6): 409-416, jun. 2002. ilus, tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-317931
RESUMO
Objetivos:
Demonstrar dados relacionados à suspeita clínica, diagnóstico e ao encaminhamento de crianças portadoras de retinoblastoma a um centro de referência terciário em oftalmologia e o estadiamento clínico da doença à admissão neste centro. Local Departamento de Oftalmologia e de Pediatria do Hospital do Câncer - Fundação Antônio Prudente - São Paulo.Métodos:
Estudo retrospectivo de todos os prontuários consecutivos de pacientes portadores de retinoblastoma atendidos no Hospital do Câncer - Fundação Antônio Prudente - São Paulo, no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2000.Resultados:
Num total de 368 casos, este estudo revelou uma discreta maior proporção de pacientes do sexo masculino (51,9 por cento). Em 59,2 por cento a doença era uniocular e em 40,8 por cento era binocular. Leucocoria foi o sinal mais freqüentemente relatado (73,8 por cento), seguido por estrabismo (8,12 por cento) dos 329 (84,9 por cento) prontuários que continham esta informação. Os pais foram os primeiros a perceber alguma anormalidade ocular (99 por cento) nos 317 (86,1 por cento) com esta referência. A média de idade à admissão (excluindo casos tratados anteriormente) foi 23 meses. Em 320 (86,9 por cento) prontuários foi possível analisar os seguintes dados o oftalmologista e o pediatra foram os profissionais mais procurados pelos pais após aparecimento dos sinais da doença, em 89,6 por cento e 9,4 por cento, respectivamente. O encaminhamento à assistência especializada (56,4 por cento) foi a conduta mais freqüentemente adotada por estes profissionais. No entanto, em 23,5 por cento dos casos, houve retardo no encaminhamento do paciente. Do total de casos, 74,5 por cento foram classificados como intra-ocular grupo V (classificação de Reese-Elsworth) à admissão e 18,4 por cento das crianças tinham doença extra-ocular.Conclusão:
Durante a última década, 91,8 por cento das crianças portadoras de retinoblastoma chegam a um centro de referência em estágios avançados de sua doença. Na maioria dos casos, o primeiro médico assistente encaminha o paciente a um serviço de referência para tratamento; no entanto, foi significativo o número de casos em que o profissional negligenciou os sinais da doença (23,5 por cento). A família geralmente valoriza os sintomas oculares e procura assistência profissinal em menos de 1 mês. Porém, o profissional de saúde retardou o diagnóstico da doença em mais de 6 meses em grande número de casos.
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Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Retinoblastoma
Tipo de estudo:
Estudo diagnóstico
/
Estudo observacional
Limite:
Criança
/
Criança, pré-escolar
/
Feminino
/
Humanos
/
Lactente
/
Masculino
/
Recém-Nascido
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. oftalmol
Assunto da revista:
Oftalmologia
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade Federal de São Paulo/BR
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