Avaliaçäo da eficiência dos métodos de desinfecçäo de bases protéticas, irradiaçäo por microondas e imersäo em soluçäo efervescente enzimática, por meio de análise microbiológica, clínica e microscopia eletrônica de varredura? estudo in vivo / Effectiveness of methods of denture base disinfection ? microwave irradiation and immersion in enzymatic cleanser, assessed by microbiological and clinical analyses and scanning electron microscopy - in vivo study

RESUMO

A colonizaçäo de fungos e bactérias nas bases de resina acrílica é um dos fatores responsáveis pela estomatite protética, uma das lesöes mais prevalentes da mucosa bucal. Os métodos empregados para dificultar o acúmulo de microorganismos na prótese usando meios mecânicos eou químicos, näo tem apresentado resultados satisfatórios. Dentre os químicos, a imersäo da prótese em produtos enzimáticos, é o que apresenta maior eficiência. Além deste método, a irradiaçäo por microondas também tem sido empregada na desinfecçäo e esterilizaçäo de bases de resina acrílica. Assim, este estudo se propôs a avaliar in vivo, a eficiência destes métodos de desinfecçäo de bases protéticas, por meio de análises microbiológicas, imagens de microscópio eletrônico de varredura e avaliaçäo clínica. Foram selecionados 10 pacientes, todos do sexo masculino, totalmente edentados na maxila, portadores de prótese total superior e apresentando sinais clínicos de estomatite protética. A pesquisa teve quatro fases iniciais com duraçäo de uma semana cada e uma fase clínica final após 12 meses. A primeira foi a fase controle e os pacientes utilizaram apenas escova e pasta para higienizar suas próteses. Na segunda fase, associaram escova e pasta com imersäo em produto químico enzimático durante a noite. Na terceira, os pacientes foram orientados à higienizar as próteses com escova e pasta após as refeiççöes e colocá-las em forno de microondas por 5 minutos, 1 vez por semana. A quarta fase foi uma combinaçäo da 2 e 3 fases (químico+microondas). A análise microbiológica revelou que a eficiência do tratamento químico em eliminar os microorganismos da prótese foi de 53 por cento, a do microondas foi de 99,2 por cento e a eficiência do tratamento químico+microondas foi de 99,5 por cento, em média, com relaçäo a fase controle. Estatisticamente näo houve diferença entre os dois últimos tratamentos, mas estes foram significativamente melhores que o tratamento químico e o tratamento controle. As observaçöes em MEV mostraram que a combinaçäo entre microondas e produto enzimático, näo apenas diminuiu significativamente o número de microorganismos, como também removeu eficazmente o biofilme formado principalmente por bactérias mortas (debris bacteriano) que permaneciam na prótese. Pela avaliaçäo clínica todos os pacientes apresentaram melhora na inflamaçäo da mucosa palatina...