Morbidade materna e morbimortalidade perinatal associada à infecção ascendente na rotura prematura das membranas / Maternal morbidity and perinatal morbidity and mortality associated with ascendant infection in premature rupture of membranes
Rev. bras. ginecol. obstet
;
24(1): 15-20, jan.-fev. 2002. tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-331511
RESUMO
Objetivo:
avaliar as repercussões da infecção ascendente sobre a mãe, o feto e o recém-nascido (RN) nos casos de rotura prematura das membranas (RPM).Métodos:
estudo prospectivo, avaliando 50 gestantes portadoras de RPM e seus RN. A corioamnionite clínica foi rastreada por meio de critérios clínicos (curva térmica, dor abdominal à palpação e/ou amolecimento uterino, odor e características da secreção vaginal) e subsidiários (leucograma e proteína C reativa). Por sua vez, a corioamnionite histológica foi avaliada com estudo macroscópico e microscópico da placenta, membranas e cordão umbilical. No estudo microscópico, utilizou-se a microscopia óptica com coloração pela hematoxilina-eosina. Os RN foram avaliados pela mensuração do peso e índice de Apgar no 1º e 5º minuto. O leucograma e a cultura do material colhido do ouvido e aspirado gástrico complementaram o estudo. Para análise estatística foram utilizados os testes exato de Fisher e t de Student, com nível de significância de 5 por cento (p<0,05).Resultados:
a taxa de corioamnionite clínica foi de 29,4 por cento (15/50), ao passo que a de corioamnionite histológica foi de 40 por cento (20/50). Todos os casos de corioamnionite clínica apresentaram período de latência (PL) superior a 24 horas. Os RN apresentaram sinais de infecção em 31,4 por cento (16/51), todos com PL maior que 24 horas. Os principais microrganismos isolados do conduto auditivo e aspirado gástrico dos RN foram Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, cocos Gram positivos e Streptococcus agalactiae - Grupo B de Lancefield (SGB). Os RN infectados apresentaram menor escore de Apgar no 1º e 5º minuto, peso ao nascer inferior e maior morbidade e mortalidade perinatal quando comparados com os RN não infectados.Conclusões:
baseados na análise dos resultados obtidos no presente estudo, foi possível concluir que o período de latência prolongado aumenta a chance de infecção ascendente, que, por sua vez, proporciona maior probabilidade de parto prematuro, aumentando portanto a morbidade materna (corioamnionite clínica), bem como a morbidade e mortalidade perinatal.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Corioamnionite
/
Infecções
Tipo de estudo:
Estudo observacional
/
Fatores de risco
/
Estudo de rastreamento
Limite:
Adulto
/
Feminino
/
Humanos
/
Gravidez
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. ginecol. obstet
Assunto da revista:
Ginecologia
/
Obstetrícia
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade Federal de Alagoas/BR
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