Sobre o transtorno de pânico e a hipocondria: uma revisäo / Panic disorder and hypochondriasis: a review
Braz. J. Psychiatry (São Paulo, 1999, Impr.)
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24(3): 144-151, Sept. 2002. tab
Artigo
em Português
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LILACS-Express
| LILACS
| ID: lil-341595
RESUMO
Introdução/Objetivos:
A hipocondria é associada a diversos transtornos de ansiedade, sobretudo ao transtorno de pânico (TP). Estima-se que 50 por cento a 70 por cento dos pacientes com TP tenham sintomas hipocondríacos, e que 13 por cento a 17 por cento dos hipocondríacos tenham TP associado. O presente estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre as relaçöes clínicas, fenomenológicas, cognitivas e psicodinâmicas entre o TP e a hipocondria, além de discutir aspectos conceituais e critérios diagnósticos.Métodos:
A busca de artigos foi feita pelo sistema Medline entre 1990 e 2001, utilizando-se, como palavras-chave, transtorno de pânico, agorafobia, hipocondria e preocupaçöes hipocondríacas.Resultados:
Considera-se que há comorbidade com hipocondria no TP quando as preocupaçöes com saúde näo se restringem a sintomas das crises de pânico. Apesar de geralmente consideradas secundárias, vários pacientes com TP apresentam, antes da primeira crise, manifestaçöes hipocondríacas que podem ser consideradas prodrômicas. A ansiedade pode gerar, num círculo vicioso, preocupaçöes excessivas com saúde, auto-observaçäo seletiva e antecipaçäo do pior. Apesar do viés catastrófico comum, no TP sintomas autonômicos aumentam rapidamente até culminar num ataque, a catástrofe temida é iminente, com comportamentos de esquiva e busca imediata de socorro. Na hipocondria, temem-se doenças mais insidiosas, predominam comportamentos de hipervigilância e busca de reafirmaçäo, as crenças säo mais disfuncionais, é pior a relaçäo médico-paciente e maior o foco de sensaçöes erroneamente interpretadas catastroficamente. O medo patológico da morte e a alexitimia estariam presentes nos dois quadros.Conclusäo:
A sobreposiçäo clínica entre TP/agorafobia e hipocondria é relevante, mas näo completa. A relaçäo entre os dois quadros é complexa e possivelmente bidirecional, um aumentando a vulnerabilidade ao outro. Há diferenças fenomenológicas identificáveis e relevantes, com implicaçöes diagnósticas e terapêuticas
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Tipo de estudo:
Estudo prognóstico
Idioma:
Português
Revista:
Braz. J. Psychiatry (São Paulo, 1999, Impr.)
Assunto da revista:
Psiquiatria
Ano de publicação:
2002
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade Estadual Paulista/BR
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