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Comunicação não-verbal como expressão de onipotência e omnisciência / Non-verbal communication as expression of onipotence and omniscience
Bicudo, Virgínia Leone.
  • Bicudo, Virgínia Leone; s.af
Rev. bras. psicanál ; 37(4): 983-992, 2003.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-392002
RESUMO
As comunicações não-verbais, em situação analítica, correspondem aos meios regressivos de o paciente relacionar-se com seus objetos externos e internos. Substituem as comunicações verbais na medida em que angústias paranóides ou depressivas estão mobilizadas. Os mecanismos psíquicos diretamente relacionados com as comunicações não-verbais regressivas são os de identificações projetiva e introjetiva. Quanto mais profunda a regressão, tanto mais intenso o mecanismo de identificação projetiva e introjetiva onipotentemente, o paciente força partes do self no objeto e introjeta partes deste, de forma a provocar o estado de negação da realidade psíquica interna e externa. Através da identificação projetiva (meio de comunicação mais primitivo), sob angústias esquizoparanóides ou medo de perder o objeto bom, o paciente controla o objeto no sentido de deixar dentro deste partes más do self e retirar-lhe as boas qualidades. Distúrbios na relação com os objetos primários, por intolerância à frustração e, conseqüentemente, o recurso exagerado ao mecanismo de identificação projetiva inibem a formação de concepção, pensamento e símbolos, e portanto o desenvolvimento da verbalização. O paciente, em grau maior ou menor, segundo a extensão da regressão, espera ser compreendido pela analista através da onipotência das ações e dos gestos, e, assim, nas relações com os objetos primários, obter a satisfação concreta de seus desejos frustrados. Se aos pais cabia confortar a criança persecutoriamente, aumentando-lhe a freqüência de experiências gratificadoras, ao analista cabe unicamente entender e interpretar as angústias transferidas através das comunicações do paciente, quer verbais, quer não-verbais. À medida que o paciente ganha em insight, diminuem suas angústias e abrem-se caminhos para ele se desinibir na produção de fantasias, símbolos e pensamentos. Ampliados pela diminuição de angústias seus recursos de comunicação verbal interna, o paciente se capacita cada vez mais a comunicar-se por meio da verbalização e a desfazer-se do recurso à onipotência dos gestos, das ações e dos sintomas psicossomáticos, que de certo modo são equivalentes a gestos
Assuntos
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Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Comunicação não Verbal Limite: Humanos Idioma: Português Revista: Rev. bras. psicanál Assunto da revista: Psiquiatria Ano de publicação: 2003 Tipo de documento: Artigo

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