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Doença mental, raça e sexualidade na teorias psiquiátricas de Juliano Moreira / Mental disease, race, and sexuality in the psychiatric theories of Juliano Moreira
Venancio, Ana Teresa A.
  • Venancio, Ana Teresa A; s.af
Physis (Rio J.) ; 14(2): 283-305, 2004.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-405191
RESUMO
Tomando como ponto de partida a representação erudita que situa Juliano Moreira como fundador da psiquiatria científica no Brasil, este trabalho analisa as concepções por ele veiculadas sobre doença mental, raça e sexualidade. Suas teorias constituíram uma transposição sui generis do pensamento do psiquiatra alemão Emil Kraepelin, ajudando na construção do ideário em prol do processo civilizatório brasileiro no início do século XX. Fundamentava-se em pressupostos organicistas, ao mesmo tempo em que se contrapunha à idéia corrente na época sobre as condições naturais brasileiras desfavoráveis como o clima e a raça. Analisando os trabalhos publicados por Juliano Moreira até 1920, relaciona-se aqui o modo como seu discurso científico discutia o tema da sexualidade, expressa sob a rubrica da sífilis, da reprodução e do casamento. Com relação a essa temática, Juliano Moreira não se valeu da idéia de uma natureza feminina degenerada, crescentemente difundida em meados do século XIX. Ainda que não desconsiderasse a idéia mais geral da degeneração, pertinente apenas ao nível das unidades orgânicas individuais, descartaria a correlação entre degeneração e natureza feminina, para se ater aos fundamentos médicos hegemônicos na primeira metade do século XIX, que articulavam as marcas diferenciais da mulher à sua fisiologia sexual, paradigmaticamente representada pela imagem do útero. Tomando como ponto de partida a representação erudita que situa Juliano Moreira como fundador da psiquiatria científica no Brasil, este trabalho analisa as concepções por ele veiculadas sobre doença mental, raça e sexualidade. Suas teorias constituíram uma transposição sui generis do pensamento do psiquiatra alemão Emil Kraepelin, ajudando na construção do ideário em prol do processo civilizatório brasileiro no início do século XX. Fundamentava-se em pressupostos organicistas, ao mesmo tempo em que se contrapunha à idéia corrente na época sobre as condições “naturais” brasileiras desfavoráveis como o clima e a raça. Analisando os trabalhos publicados por Juliano Moreira até 1920, relaciona-se aqui o modo como seu discurso científico discutia o tema da sexualidade, expressa sob a rubrica da sífilis, da reprodução e do casamento. Com relação a essa temática, Juliano Moreira não se valeu da idéia de uma natureza feminina degenerada, crescentemente difundida em meados do século XIX...
Assuntos
Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Psiquiatria / Etnicidade / Saúde Mental / Sexualidade Idioma: Português Revista: Physis (Rio J.) Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2004 Tipo de documento: Artigo

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