Influência do local da anastomose (cervical ou torácica) na morbi-mortalidade das esofagectomias / Influence of site of anastomosis (cervical or thoracic) on morbidity and mortality from esophagectomies
Rev. bras. cancerol
;
49(1): 47-54, jan.-mar. 2003. ilus, tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-410588
RESUMO
Objetivo:
avaliar a influência do local da anastomose (cervical ou torácica) nas complicações pós-operatórias e mortalidade das esofagectomias com linfadenectomia em dois campos.Métodos:
Estudo retrospectivo de 132 pacientes submetidos a esofagectomia com anastomose cervical ou intratorácica no Departamento de Cirurgia do Hospital Erasto Gaertner de janeiro/1987 a janeiro/1998. Analisaram-se variáveis relativas ao paciente(sexo,idade, estado geral, perda ponderal, co-morbidades, tabagismo, risco pulmonar), ao tumor (tipo histológico, localização, estádio clínico) e ao procedimento cirúrgico (tipo da anastomose, tempo cirúrgico, tempo de hospitalização), relacionando-as com as complicações e mortalidade pós-operatórias.Resultados:
Noventa e quatro pacientes (71,2 por cento) eram do sexo masculino. O tipo histológico predominante foi o carcinoma espino-celular (CEC) em 94,7 por cento dos casos. As principais co-morbidades anotadas foram doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (29,55 por cento) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (15,15 por cento), e 88 pacientes (66,6 por cento) eram tabagistas. A principal localização do tumor foi o segmento torácico inferior (56,06 por cento). Seis pacientes (4,54 por cento) eram de estágio clínico (EC) I, 44 (33,33 por cento) IIA, 24 (18,18 por cento) IIB, 38 (28,80 por cento) III e 17 (12,90 por cento) IV. A anastomose intratorácica foi realizada em 105 pacientes (79,55 por cento) e cervical em 27 (20,45 por cento). A taxa de complicações foi de 39,3 por cento e a letalidade hospitalar 13,70 por cento. Procedeu-se anastomose mecânica em 65,09 por cento dos casos e manual em 39,91 por cento. Ocorreram seis casos (23,1 por cento) de fístula cervical e três (2,9 por cento) de intratorácica (p = 0,002). A mortalidade específica foi de 33,3 por cento nos dois subgrupos.Conclusão:
Este estudo mostrou uma maior ocorrência de fístulas nas anastomoses cervicais. A mortalidade pós-operatória foi semelhante nas duas técnicas, contrariando a tendência da literatura de conferir às fístulas cervicais uma menor letalidade.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Complicações Pós-Operatórias
/
Neoplasias Esofágicas
/
Carcinoma
/
Morbidade
Tipo de estudo:
Guia de Prática Clínica
/
Estudo observacional
Limite:
Adulto
/
Feminino
/
Humanos
/
Masculino
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. cancerol
Assunto da revista:
Neoplasias
Ano de publicação:
2003
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Hospital Erasto Gaertner/BR
/
Santa Casa de São Paulo/BR
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