Anestesia para ressecção transuretral de próstata: comparação entre dois períodos em hospital universitário / Anesthesia for transurethral resection of the prostate: comparison between two periods in a university hospital
Rev. bras. anestesiol
;
55(2): 197-206, mar.-abr. 2005.
Artigo
em Português, Inglês
| LILACS
| ID: lil-416710
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A anestesia para Ressecção Transuretral de Próstata (RTU) é objeto, há anos, de diversos estudos devido às singularidades do procedimento cirúrgico. Este estudo teve a finalidade de comparar as técnicas anestésicas utilizadas e as possíveis intercorrências peri-operatórias em dois períodos de tempo distintos, com intervalo de 10 anos, visando detectar evolução da técnica anestésica e redução da morbimortalidade neste tipo de procedimento.MÉTODO:
De modo retrospectivo, foram avaliados os prontuários de todos os pacientes submetidos à RTU de próstata no HC-FMRP-USP em dois períodos distintos, de quatro anos GI - ressecções transuretrais de próstata (RTU) realizadas entre os anos de 1989 a 1992; GII - ressecções transuretrais de próstata (RTU) realizadas entre os anos de 1999 a 2002. Foram excluídos os pacientes portadores de neoplasias malignas de próstata ou bexiga. Foram analisados os prontuários de 300 pacientes, sendo 120 no GI e 180 no GII.RESULTADOS:
Observou-se que a anestesia regional predominou em ambos os grupos, sendo a raquianestesia a mais freqüentemente utilizada. A duração média do procedimento foi maior no grupo II e a incidência de eventos adversos no período intra-operatório, como hipotensão, disritmias cardíacas e hipotermia, não divergiu significativamente entre os grupos. Entretanto, observou-se maior número de pacientes do grupo I com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio nas primeiras 24 horas do período pós-operatório, provavelmente atribuídos à escassez de exames complementares e de avaliação cardiológica prévia nos pacientes submetidos à cirurgia naquele período. O tempo de permanência dos pacientes na sala de recuperação pós-anestésica foi semelhante nos dois grupos, mas a incidência de complicações foi maior no grupo I. O número de transfusões sangüíneas e a mortalidade peri-operatória não diferiram nos dois grupos.CONCLUSÕES:
Embora, após este intervalo de 10 anos, tenha havido melhora em relação ao instrumental cirúrgico, à monitorização anestésica e à técnica anestésica (novas drogas e equipamentos), não se pôde observar redução no número de complicações (intra ou pós-operatórias), transfusões sangüíneas ou mortalidade nas primeiras 24 horas após a cirurgia.
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Complicações Pós-Operatórias
/
Procedimentos Cirúrgicos Urológicos
/
Prontuários Médicos
/
Estudos Retrospectivos
/
Fatores de Risco
/
Ressecção Transuretral da Próstata
/
Complicações Intraoperatórias
/
Anestesia
Tipo de estudo:
Estudo de etiologia
/
Estudo observacional
/
Fatores de risco
Limite:
Humanos
/
Masculino
Idioma:
Inglês
/
Português
Revista:
Rev. bras. anestesiol
Assunto da revista:
Anestesiologia
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade de São Paulo/BR
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