Toxoplasmose aguda: estudo da freqüência, taxa de transmissão vertical e relação entre os testes diagnósticos materno - fetais em gestantes em estado da Região Centro - Oeste do Brasil / Acute toxoplasmosis: study of the frequency, vertical tansmission rate and the relationship between maternal - fetal diagnostic tests during pregnancy in a Central - Western state of Brazil
Rev. bras. ginecol. obstet
;
27(8): 442-449, ago. 2005. tab
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-418194
RESUMO
OBJETIVOS:
estabelecer a freqüência da toxoplasmose aguda em gestantes, a taxa de transmissão vertical e o resultado perinatal dos fetos infectados. Objetivou-se, ainda, avaliar a relação entre os principais testes materno-fetais de diagnóstico da toxoplasmose durante a gestação, bem como a relação entre faixa etária e a infecção aguda pelo Toxoplasma gondii.MÉTODOS:
estudo prospectivo longitudinal com 32.512 gestantes submetidas à triagem pré-natal pelo Programa de Proteção à Gestante de Mato Grosso do Sul, no período de novembro de 2002 a outubro de 2003. Utilizaram-se método ELISA (IgG e IgM) e teste de avidez de anticorpos IgG para diagnóstico da toxoplasmose materna, e PCR no líquido amniótico, para diagnóstico da infecção fetal. A avaliação das variáveis foi feita pelas médias, ao passo que a correlação entre algumas variáveis foi avaliada pelo teste do c² e teste de Fisher bicaudado em tabelas de contingência de dupla entrada.RESULTADOS:
encontrou-se freqüência de 0,42 por cento para a infecção aguda pelo T. gondii na população de gestantes, sendo 92 por cento delas expostas previamente à infecção e 8 por cento suscetíveis. Nas gestantes com sorologia IgM reagente, a faixa etária variou de 14 a 39 anos, com média de 23±5,9 anos. Não houve relação significativa estatisticamente entre faixa etária e infecção materna aguda pelo T. gondii (p=0,73). Verificou-se taxa de transmissão vertical de 3,9 por cento. Houve relação estatisticamente significativa (p=0,001) entre o teste de avidez (IgG) baixo (<30 por cento) e presença de infecção fetal, e ausência de toxoplasmose fetal quando a avidez apresentava-se elevada (>60 por cento). Houve associação significativa estatisticamente (p=0,001) entre infecção fetal (PCR em líquido amniótico) e infecção neonatal.CONCLUSÕES:
a freqüência da toxoplasmose aguda materna apresentou-se abaixo do observado em outras investigações no Brasil. Entretanto a taxa de transmissão vertical não foi discordante do encontrado em outros estudos. O teste de avidez dos anticorpos IgG, quando associado à idade gestacional e data de realização do exame, mostrou-se útil para orientar a terapêutica e avaliar o risco de transmissão vertical, permitindo afastá-lo quando havia avidez elevada previamente a 12 semanas. O PCR positivo foi associado à pior prognóstico neonatal, demonstrando-se método específico para diagnóstico intra-útero da infecção fetal
Texto completo:
DisponíveL
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Complicações Infecciosas na Gravidez
/
Toxoplasmose
/
Toxoplasmose Congênita
Tipo de estudo:
Estudo diagnóstico
/
Estudo de incidência
/
Estudo observacional
/
Fatores de risco
/
Estudo de rastreamento
Limite:
Adolescente
/
Adulto
/
Feminino
/
Humanos
/
Gravidez
País/Região como assunto:
América do Sul
/
Brasil
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. ginecol. obstet
Assunto da revista:
Ginecologia
/
Obstetrícia
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
APAE/BR
/
Laboratório Medicina Diagnóstica/BR
/
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul/BR
/
Universidade de São Paulo/BR
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