Estudo da especiação do chumbo no plasma de trabalhadores expostos como subsídio para avaliação dos riscos da exposição / Study of the especiation of bood plasma of occupational exposure as support for evaluation of the risks exposition

RESUMO

O objetivo (...) foi desenvolver um procedimento analítico para a separação das espécies de chumbo encontradas no plasma por cromatografia de exclusão de tamanho e para a determinação direta do metal no plasma e nas suas diferentes frações por espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica. A metodologia estudada usou uma solução tampão de NaH2PO4 0,05 mol.L-1 e NaCl 0,15 mol.L-1 como fase móvel (...) para a separação das proteínas do plasma em uma coluna (...) empacotada com Sephacryl S – 300 HR (...). O volume injetado de amostra foi de 1 mL e as frações coletadas a cada 1 min. (...) A especiação mostrou que as maiores concentrações do metal são encontradas sempre na mesma faixa de volume eluído, e que esta coincide com as regiões onde estão os picos nos cromatogramas (...) Para a determinação de chumbo no plasma foi usada uma mistura de paládio (...) e nitrato de magnésio (...) como modificador, que permite uma temperatura de pirólise de 1100°C. (...) O método se mostrou exato e a calibração pode ser realizada através da curva aquosa. O limite de detecção de 0,60 µg.L-1 no plasma mostra que este procedimento analítico pode detectar níveis de chumbo na população exposta ocupacionalmente (...) Os resultados experimentais apresentaram boa concordância com o valor certificado de acordo com o teste t de Student e 95 por cento de confiança, utilizando a curva analítica no tampão (...) O método se mostrou exato e a calibração pode ser realizada através da curva aquosa. O limite de detecção de 0,60 µg.L-1 no plasma mostra que este procedimento analítico pode detectar níveis de chumbo na população exposta ocupacionalmente. As frações do plasma na solução tampão foram lidas sem diluição e o volume injetado foi de 10 L. No programa de temperatura utilizado para a quantificação de chumbo nas frações, não houve necessidade da etapa de secagem do modificador, que foi injetado junto com a amostra. A temperatura ótima de pirólise encontrada foi de 1300°C. Uma temperatura de atomização igual a 1700°C foi usada em todas as situações. Os resultados experimentais apresentaram boa concordância com o valor certificado de acordo com o teste t de Student e 95 por cento de confiança, utilizando a curva analítica no tampão. O limite de detecção de 0,91 µg.L-1 de chumbo nas frações eluídas sem diluição, mostra que o método proposto pode ser usado para análise das frações de plasma de populações expostas a este analito.