Travessia da adoção: A ferida na alma do bebê / The passage of adoption. The wound in the soul of the baby
Rev. bras. psicanál
; 33(3): 495-514, 1999.
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-430526
Biblioteca responsável:
BR396.3
RESUMO
Neste trabalho sustento que o bebê adotado é um ser com maior risco psíquico para alcançar a subjetividade e o desenvolvimento mental. A adoção é uma situação muito traumática. Há desafios específicos, além da cesura e o trauma do nascimento a fratura entre a vida pré-natal e pós-natal quando uma conhecida mãe biológica se perde para sempre. A angústia de aniquilamento potencializada ao não encontrar, após o nascimento, o objeto compreensivo na função materna. A exigência de sobreadaptação quando o self primitivo do bebê é privado de maternagem e este deve atender às exigências parentais. A novela familiar invertida. O difícil complexo fraterno quando há na prole filhos adotados e filhos naturais. A questão da verdade sobre a origem da vida que seja alimento para a mente humana em um vínculo amoroso, em vez das mentiras e silêncios, num vínculo parasitário como em Édipo. Enfatizo a delicada complexidade em jogo na adoção, tanto para os pais como para o filho. A adoção exige dos pais adotivos um árduo trabalho de elaboração psíquica. A estrutura mental destes pais é crucial no destino do bebê adotado, que precisa ocupar um espaço mental firme, consistente e esperançoso na realidade psíquica do casal. No exemplo clínico ilustro os desafios para um adolescente adotado e a pertinência da intervenção psicanalítica.
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Índice:
LILACS
Assunto principal:
Relações Pais-Filho
/
Psicanálise
/
Transferência Psicológica
/
Adoção
/
Processos Psicoterapêuticos
Limite:
Humans
/
Infant
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. psicanál
Assunto da revista:
PSIQUIATRIA
Ano de publicação:
1999
Tipo de documento:
Article