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Interrupção da gestação após o diagnóstico de malformação fetal letal: aspectos emocionais / Termination of pregnancy after the diagnosis of lethal fetal malformation: emotional aspects
Benute, Gláucia Rosana Guerra; Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Lucia, Mara Cristina Souza de; Zugaib, Marcelo.
  • Benute, Gláucia Rosana Guerra; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas. Divisão de Psicologia. São Paulo. BR
  • Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. São Paulo. BR
  • Lucia, Mara Cristina Souza de; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Hospital das Clínicas. Divisão de Psicologia. São Paulo. BR
  • Zugaib, Marcelo; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. São Paulo. BR
Rev. bras. ginecol. obstet ; 28(1): 10-17, jan. 2006. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-430956
RESUMO

OBJETIVOS:

descrever os processos emocionais vivenciados com a interrupção da gestação após o diagnóstico de malformação fetal letal.

MÉTODOS:

foram entrevistadas 35 gestantes cujo feto era portador de malformação letal e que realizaram a interrupção da gestação após solicitação de autorização judicial. A malformação fetal mais freqüente foi a anencefalia (71,5 por cento). As pacientes foram submetidas à entrevista psicológica aberta logo após o diagnóstico da malformação fetal para que pudessem expressar os sentimentos desencadeados e para promover reflexão sobre a solicitação da interrupção da gravidez. O tempo médio de espera pelo deferimento do pedido judicial foi de 16,6 dias. As que solicitaram e tiveram o aborto realizado foram convidadas a retornar para a segunda entrevista psicológica 30 a 60 dias após o procedimento, quando foi aplicado questionário semidirigido para identificar os aspectos emocionais vivenciados e descrever os sentimentos despertados.

RESULTADOS:

trinta e cinco pacientes foram entrevistadas após o aborto. Quanto aos sentimentos vivenciados na decisão pela interrupção, 60 por cento relataram como negativos, 51,4 por cento afirmaram que não tiveram dúvidas quanto à decisão tomada e 65,7 por cento informaram que a própria opinião foi a que mais pesou na decisão. A maioria das mulheres (89 por cento) afirmou apresentar lembranças do que viveram com certa freqüência, 91 por cento afirmou que adotariam a mesma atitude em outra situação semelhante e 60 por cento diriam para interromper a gestação caso alguém perguntasse seu conselho, numa mesma situação.

CONCLUSÕES:

as angústias vivenciadas demonstram que o processo de reflexão é de fundamental importância para decisão consciente e posterior satisfação com a atitude tomada. O acompanhamento psicológico permite revisão dos valores morais e culturais para auxiliar a tomada de decisões visando minimizar o sofrimento vivido.
Assuntos
Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Complicações na Gravidez / Diagnóstico Pré-Natal / Aborto / Morte Fetal / Feto / Anencefalia Tipo de estudo: Estudo diagnóstico / Estudo prognóstico / Pesquisa qualitativa Limite: Feminino / Humanos / Gravidez Idioma: Português Revista: Rev. bras. ginecol. obstet Assunto da revista: Ginecologia / Obstetrícia Ano de publicação: 2006 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade de São Paulo/BR

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