Estudo de soroprevalência de anticorpos contra os vírus herpes simples 1 e 2 no Brasil / Herpes simplex virus type 1 and type 2 seroprevalence study in Brazil
São Paulo; s.n; 2005. [110] p.
Thesis
em Pt
| LILACS
| ID: lil-436960
Biblioteca responsável:
BR1.2
Localização: BR1.2; 9663
RESUMO
Objetivo:
Determinar a soroprevalência de anticorpos para HSV-1 e HSV-2, por faixa etária e sexo, em indivíduos entre 1 e 40 anos no Brasil e analisar a influência de fatores socioeconômicos, doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pregressa por herpes simples nas prevalências de anticorpos para HSV-1 e HSV-2.Métodos:
Entre abril de 1996 e maio de 1997, recrutaram-se 1.320 indivíduos, de quatro regiões do Brasil, estratificando-os por idade e sexo. Amostras sanguíneas para detecção de anticorpos para HSV-1 e HSV-2 foram analisadas usando-se o teste tipo-específico ELlSA gG1-gG2.Resultados:
Dos 1.320 indivíduos, 1.090 foram aceitos na análise. A taxa global da soroprevalência de anticorpos para HSV-1 foi de 70,8 por cento (95 por cento IC 68,0 73,5), sem diferença quanto ao sexo; 25 por cento dos participantes tornaram-se soro positivos para HSV-1 aos 4 anos, 50 por cento aos 7 anos e 75 por cento aos 24 anos de idade. A soroprevalência de anticorpos para HSV-1 não está relacionada à condição socioeconômica, doença sexualmente transmissível ou infecção pregressa por HSV-2. I Tal soroprevalência, ajustada por idade, foi maior na região Sudeste. A prevalência global de anticorpos para HSV-2 foi de 12,5 por cento (95 por cento IC 10,6-14,6), similar para ambos os sexos. Somente 2,2 por cento dos soropositivos para HSV-2 relataram ocorrência pregressa de herpes genital. A soroprevalência para HSV-2 foi influenciada principalmente pela idade, aumentando de 1 por cento, em adolescentes, para 25 por cento entre adultos jovens. A taxa de infecção para HSV-2, ajustada por faixa etária, foi maior na região Norte. Indivíduos soro positivos para HSV-1 denotavam maior possibilidade de também serem positivos para HSV-2 quando comparados com os negativos para HSV-1 15,7 por cento contra 4,7 por cento. O histórico de doenças sexualmente transmissíveis aumentou a possibilidade de soropositividade para HSV-2, na análise multivariada, em 3,2 vezes, enquanto que a condição socioeconômica não influenciou a soroprevalência de anticorpos para HSV-2.Conclusões:
O Brasil é considerado um país de elevada endemicidade para HSV-1, com taxas expressivas de infecção em idade muito jovem, sugerindo a via de transmissão oral. As infecções por HSV-2, por sua vez, são transmitidas predominantemente via sexual. A história médica mostrou-se inadequada com vistas a identificar pacientes positivos para HSV-2, subestimando-se, pois, a magnitude da epidemiologia da infecção por HSV-2 no Brasil.
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Índice:
LILACS
Assunto principal:
Ensaio de Imunoadsorção Enzimática
/
Vacinas
/
Epidemiologia
/
Herpes Simples
Tipo de estudo:
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
País/Região como assunto:
America do sul
/
Brasil
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2005
Tipo de documento:
Thesis