Sexualidade e gênero como metáforas do biopoder: um estudo sobre o imaginário brasileiro / Sexuality and gender as biopower metaphors: a study on the Brazilian imaginariness

RESUMO

"Sexualidade e gênero como metáforas do biopoder um estudo sobre o imaginário brasileiro" toma como premissas teóricas os conceitos de Michel Foucault sobre a biopolítica e os dispositivos da sexualidade. Ressalta que estes dispositivos moldam feminino e masculino - o que permite à autora utilizar a perspectiva de gênero. Aborda obras de José de Alencar, Aluísio de Azevedo e Lima Barreto buscando os nexos entre o feminino e o masculino e a emergência do higienismo no Brasil. Constata-se nas narrativas que a especificidade do biopoder "à brasileira" não se assenta no "poder disciplinar". São textos que destacam a falta de normas e de mães, metáforas que fundam hoje discursos sobre a impunidade ou a falta de pai e lei. Falácias ou fábulas produzidas pelo imaginário de um país onde a maioria dos domicílios é chefiada por mulheres sós