Incidência de lesões musculoesqueléticas em atletas de elite do basquetebol feminino / Incidence of musculoskeletal injuries in elite female basketball athletes

RESUMO

O basquetebol é esporte competitivo, com alta incidência de lesões de contato e movimentação. OBJETIVO: determinar a incidência de lesões musculoesqueléticas em atletas de elite do basquetebol feminino. MATERIAL E MÉTODOS: foram analisadas prospectivamente 66 atletas adultas, 18 a 37 anos (média 23), de 5 equipes durante o Campeonato Paulista da Divisão A1 (setembro de 99 a janeiro de 2000). Os dados referentes a atleta e as lesões que ocorreram no período, foram registradas por fisioterapeuta. RESULTADOS: foram computadas 78 lesões, em 47 das atletas (71,2 por cento). A incidência de lesão foi de 2,6 lesões/ atleta/ 1000 jogos/treinos, com maior incidência nos jogos. A entorse, com 33 por cento, foi o diagnóstico mais comum especialmente na região do tornozelo, seguida da contusão (24 por cento). O joelho com 21 por cento das lesões, mão/dedos, com 17 por cento, perna/coxa e tornozelo com 14 por cento cada, foram as regiões mais lesadas. O contato com outro atleta foi o principal mecanismo de lesão. Não encontramos relação entre diagnóstico, idade, posição e região anatômica lesada, mas atletas mais novas foram menos afetadas. A maioria das lesões foram leves (88,5 por cento) e a região do joelho foi a de maior morbidade. As sobrecargas deste esporte foram mais visíveis na região lombar e joelho, exigindo programas intensivos de prevenção e acompanhamento de atletas de elite no basquetebol feminino.

ABSTRACT

Basketball is a competitive sport, presenting a high incidence of contact and movement injuries. OBJECTIVE: to determine the incidence of musculoskeletal injuries in elite female basketball athletes. MATERIALS AND METHODS: 66 adult athletes, with ages ranging from 18 to 37 years (average 23), from 5 teams playing A1-class São Paulo State Championship were prospectively assessed in the period of September 1999 - January 2000). Data concerning each individual athlete and the injuries occurred within that period were recorded by a physical therapist. RESULTS: 78 injuries were reported in 47 athletes (71.2 percent). The incidence of injuries was 2.6 injuries/athlete/ 1000 games/ training sections, with the highest incidence being noted during matches. Sprains were the most frequent diagnosis, accounting for 33 percent, particularly at the ankle region, followed by bruises (24 percent). The most frequently injured regions were knees, accounting for 21 percent of injuries, hands/ fingers (17 percent), leg/ thigh and ankle, accounting for 14 percent each. The physical contact with other athletes was the major mechanism of injury. We did not find a correlation between diagnosis, age, position and anatomical region injured, but younger athletes reported injuries less frequently. Most injuries were mild (88.5 percent), with the knee region showing the highest level of morbidity. The overload imposed by this kind of sport activity was more noticeable at lumbar and knee regions, requiring intensive prevention programs and follow-up of elite female basketball athletes.