Características do tabagismo na categoria médica do Distrito Federal / Characteristics of smoking among physicians in the Federal District of Brazil

RESUMO

OBJETIVO: Conhecer as características do tabagismo na categoria médica do Distrito Federal. MÉTODOS:Foi enviado pelo correio um questionário sobre tabagismo, adaptado da Organização Mundial de Saúde, a todos os médicos inscritos no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. De um total de 7.023 questionários enviados, 830 foram respondidos adequadamente (12 por cento da população alvo). RESULTADOS: A prevalência do tabagismo entre os médicos participantes do estudo foi de 7,2 por cento, sendo 5,9 por cento de fumantes regulares e 1,3 por cento de fumantes ocasionais, com 70,1 por cento de não fumantes e 22,7 por cento de ex-fumantes. Em relação ao tabagismo de acordo com o gênero, cerca de 8,5 por cento dos médicos eram fumantes contra 5,3 por cento das médicas (p > 0,05). No que se refere à iniciação do tabagismo, 80 por cento dos médicos fumantes iniciaram o hábito antes dos vinte anos de idade, 13 por cento entre 21 e 30 anos e 7 por cento acima de 31 anos de idade. A prevalência de fumantes de acordo com o agrupamento por especialidades foi cirúrgicas e Anestesia com 10,3 por cento cada, clínicas (9,1 por cento), Ginecologia (2,9 por cento) e Pediatria (2,4 por cento). Cerca de 75 por cento dos fumantes já haviam sido aconselhados por médico a parar de fumar e apenas 34,9 por cento tentaram parar de fumar no último ano. Admitiam que o cigarro faz mal à saúde 57,1 por cento dos médicos, e 26,3 por cento referiram fumar em hospitais e/ou consultórios. CONCLUSÃO:É necessário que medidas para controle do tabagismo sejam intensificadas e direcionadas aos médicos do Distrito Federal, mesmo que a prevalência de tabagismo esteja em declínio entre esses profissionais.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To profile the characteristics of smoking among physicians working in the Federal District of Brazil. METHODS: A questionnaire on smoking, adapted from that used by the World Health Organization, was mailed to all physicians registered with the Federal District Regional Council of Medicine. Of the 7023 questionnaires mailed, 830 (12 percent) were duly completed and returned. RESULTS: Among the physicians participating in the study, the prevalence of smoking was 7.2 percent (5.9 percent being regular smokers and 1.3 percent being occasional smokers). The remainder of the sample consisted of nonsmokers (70.1 percent) and former smokers (22.7 percent). In terms of gender, approximately 8.5 percent of the male physicians were smokers, compared with 5.3 percent of the female physicians (p > 0.05). Of the physicians who smoked, 80 percent had taken up the habit before the age of 20, 13 percent from 21 to 30, and 7 percent after the age of 31. The prevalence of smoking by specialty was as follows Surgeons, 10.3 percent; Anesthesiologists, 10.3 percent; Clinicians, 9.1 percent; Gynecologists, 2.9 percent; and Pediatricians, 2.4 percent. Approximately 75 percent of the smoking physicians had been advised by their own doctors to stop smoking, although only 34.9 percent had tried to quit smoking with the preceding year. Of the physicians responding, 57.1 percent agreed that smoking is a health hazard, and 26.3 percent reported smoking in hospitals or doctorsÆ offices. CONCLUSION: Efforts to control smoking in the Federal District should be intensified and, despite the fact that the prevalence of smoking is declining among physicians, smoking cessation programs should target this population.