Linfadenectomia inguinal radical versus modificada no tratamento do câncer de pênis / Radical linphadenectomy versus modified in the treatment of the penis carcinoma

RESUMO

Foram comparadas a morbidade e a mortalidade da linfadenectomia radical e modificada no tratamento do carcinoma de pênis; correlacionar o tamanho inicial da lesão e o produto da linfadenectomia (linfonodos com invasão tumoral) com o prognóstico da doença. Entre 1995 e 2000, 34 portadores de câncer de pênis, matriculados no Hospital de Câncer do Pernambuco, foram submetidos à linfadenectomia. As seguintes variáveis foram analisadas: idade, raça, estadiamento, incidência de fimose, tipo histológico, tamanho do tumor, tratamento cirúrgico e média de linfonodos ressecados. O diagnóstico de câncer nestes pacientes foi realizado através de anamnese, exame físico e biópsia. A linfadenectomia bilateral realizada, após tratamento com antibioticoterapia por 4 semanas foi feita de maneira aleatória: 10 pacientes foram submetidos à linfadenectomia radical (7 deles no Estágio II 70% e 3 no Estágio III 30%) e 24, à linfadenectomia modificada (11 deles no Estágio II 45,8% e 13 no Estágio III 54,2%). A idade dos pacientes variou de 33 a 85 anos com média de 54.1 ± 13.0 anos. Seguimento de 7 a 286 semanas, média 146,5 mediana 135,5 (p=0,0023) Na linfadenectomia radical foram ressecados, em média, quatro linfonodos com menos de 5cm e 6 com mais de 5cm e na linfadenectomia modificada 15 linfonodos com menos de 5cm e 9 com mais de 5cm. O percentual de positividade para neoplasia nos linfonodos ressecados foi de 44% nos pacientes com estágio II e de 62% nos pacientes com estágio III. As complicações apresentadas em relação às técnicas cirúrgicas empreendidas foram semelhantes (linfedema e necrose das bordas. Os índices de progressão da doença foram maiores, tanto quanto maior foi o número de linfonodos acometidos