A linguagem e o aquém da linguagem na psicanálise / Language and beneath language in the Psychoanalysis
Nat. hum
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8(1,n.esp): 253-270, out. 2006.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-463995
RESUMO
No presente trabalho, os autores reafirmam, de um ponto de vista estritamente psicanalítico, o lugar da fala e da linguagem na psicanálise, desde que Freud batizou sua tekné de talking cure. O que parece óbvio foi, em grande parte, posto de lado pela psicanálise atual, dando destaque à experiência emocional como um "aquém" da linguagem. Lacan, na introdução de seu discurso de Roma - "Função e campo da fala e da linguagem na psicanálise"-, após enumerar os caminhos pelos quais se enveredou a psicanálise, aponta a "tentação que se apresenta ao analista de abandonar o fundamento da fala". Devemos uma fidelidade ao espírito dessa posição assumida por Lacan, ao recolocar o que sempre foi o essencial para Freud. Consideramos que nenhuma teoria linguística pode dar conta da fala e da linguagem na psicanálise e que, nesse sentido, a importância de Heidegger é fundamental, ao oferecer uma ontologia da linguagem que acreditamos ser inerente à prática analítica, enquanto fundação poética da linguagem. Essa posição foi explicitamente assumida por Fédida em seminário sobre o tema em São Paulo, baseando-se nas conferências de Heidegger A caminho da fala. A fundação poética é assim constituição de mundo, onde se dá o "aquém" ou quem sabe o "além" da linguagem. Nesse contexto, mantendo-nos próximos da clínica, acreditamos poder articular a experiência emocional, por mais que as palavras sejam esmagadas em sua capacidade de ressonância, como é tão freqüente na clínica atual.
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Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Psicanálise
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Idioma
Idioma:
Português
Revista:
Nat. hum
Assunto da revista:
Psicologia
Ano de publicação:
2006
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo/BR
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