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Trabalho na pós-modernidade: crenças e concepção / Labor in Post modernity: beliefs and conceptions
Silva, Marli Appel; Biehl, Kátia.
  • Silva, Marli Appel; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. BR
  • Biehl, Kátia; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Novo Hamburgo. BR
Rev. mal-estar subj ; 6(2): 518-534, set. 2006.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-488693
RESUMO
Neste artigo, objetivamos a respeito de implicações das crenças e concepções em relação ao trabalho flexível na subjetividade humana. Mudanças na estruturação do trabalho, na contemporaneidade, foram conseqüências de modificações no sistema de valores, ou seja, nas crenças e concepções que pautaram a idéia da flexibilização do capital e dos processos de trabalho como mais propícios às reestruturações necessárias à manutenção do sistema econômico capitalista. Entretanto, o trabalho flexível engendrou uma série de concepções contraditórias e impeditivas de os sujeitos apresentarem um trabalho satisfatório e exitoso, colocando-os à mercê do desemprego e da culpabilização pela própria empregabilidade. Desse modo, o trabalho flexível tornou-se uma possibilidade constante de fracasso em uma época histórica em que o valor do sujeito passou a ser baseado nas idéias sobre sucesso-fracasso, aplicadas aos mais variados âmbitos da vida. A possibilidade de fracasso no trabalho instigou uma subjetividade marcada por um medo contínuo. Aspecto que se revelou como impeditivo da elaboração de um sentido complexo e analítico em relação ao contexto. Concomitantemente, a internalização dos valores hedônicos, próprios da contemporaneidade, estimulou os sujeitos a procurarem práticas lúdicas como meio de adquirirem satisfação pessoal, como compensação à insatisfação com as práticas do trabalho, distinguindo uma vivência dividida entre uma vida séria do trabalho e uma vida das festividades lúdicas. Como conseqüência, os sujeitos revelaram, como fuga do medo do fracasso, uma relativa indiferença em relação ao trabalho e uma busca onipotente dos prazeres e das sensações, através das atividades lúdicas. O sentido do trabalho passou a ser o de financiar o consumo hedônico, gerando sujeitos com tempos e espaços cindidos entre sujeito-trabalhador e sujeito-consumidor, ou seja, tempos-espaços de sofrimento e tempo-espaços de prazer.
Assuntos
Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Trabalho Idioma: Português Revista: Rev. mal-estar subj Assunto da revista: Psicologia Ano de publicação: 2006 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/BR

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