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A crise criativa no morrer: a morte passa apressada na pós-modernidade / The creative crisis in dying: death is in a hurry in post-modernity
Franco, Clarissa de.
  • Franco, Clarissa de; s.af
Rev. Kairós ; 10(1): 109-120, jun. 2007.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-489810
RESUMO
A pós-modernidade pauta-se no tempo como grande controlador do amanhã. A ilusão de infinitude, endossada pelos avanços biomédicos e pela indústria da eterna juventude, tenta conter angústia da incerteza, e a morte, apesar de certa, não nos dá tantos avisos (será?) quanto gostaríamos. O "morrer" sofre com a pressa moderna, já que os rituais em torno da morte estão empobrecidos, simbolicamente, evitando-se cada vez mais um contato profundo com essa fase da vida. Em conseqüência, a morte deixa de ser um "ato social", partilhado pela comunidade - como foi durante séculos-, passando para o âmbito privado, algo a ser vivenciado solitariamente. Como aponta o sociologo Norbert Elias, os idosos foram, durante as últimas décadas do século XX, vistos como representantes vivos da morte. Por esse motivo, sua exclusão servia à sociedade pela insuportável possibilidade de contato com a finitude. Atualmente, com o aumento da expectativa de vida, a chamada terceira idade não mais é associada diretamente à idéia de morte, portanto, abriu-se um campo de possibilidades mais inclusivas a esse setor, mas que ainda funcionam dentro da lógica de negação da morte. A morte deve representar à vida uma possibilidade de tomada de consciência de nosso processo existencial e não o marcador do fim da linha. Deve ser uma aliada e não uma adversária.
ABSTRACT
In post-modernity, time is seen as the great controller of tomorrow. The illusion of infinitude, endorsed by the biomedical advances and the industry of percentual youth, tries to contain the desperation of uncertainty, and death, although certain, does not give us as many warnings (really?) as we would like it to. Dying suffers with modern haste, as the rituals concerning death are impoverished, as far as their symbolism is concerned. More and more, we avoid a deep contact with this stage of life. Consequently, death is no longer a "social act", shared by the community - as it was during centuries -, passing to be experienced alone. According to the sociologist Norbert Elias, the elderly were seen, during the last decades of the 20th century, as living representatives of death. For this reason, their exclusion served the society due to the unbearable possibility of contact with finitude. Currently, with the increase in life expectancy, the "thirg age" is not directly associated with the idea of death anymore; therefire, a field of more inclusive possibilities to this sector was opened, but they still work within the logic of the denial of death. Death must represent to life the possibility of becoming aware of our existential process and not the mark of the end of the line. It must be an ally, not an adversary.
Assuntos
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Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Idoso / Atitude Frente a Morte / Morte Limite: Humanos Idioma: Português Revista: Rev. Kairós Assunto da revista: Psicologia Ano de publicação: 2007 Tipo de documento: Artigo

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