Análise da qualidade dos registros nos prontuários de gestantes com exame de VDRL reagente / Analysis of the quality of information in medical files from pregnant women with positive VDRL test

RESUMO

Este estudo tem por objetivo analisar a qualidade dos registros nos prontuários de gestantes com Venereal Disease Research Laboratory- VDRL reagente, no período de 2000 a 2005, em uma unidade básica de saúde. Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, realizado em uma instituição escolar em Fortaleza, Ceará, nos meses de setembro e outubro de 2006. Foram analisados 19 prontuários de gestantes com VDRL reagente. As variáveis avaliadas foram os registros sobre prescrição do tratamento da gestante, convocação e tratamento do parceiro, reação sorológica de controle de cura e notificação do caso. Não havia informações sobre o tratamento da gestante em oito (42%) prontuários, 15 (79%) não apresentavam registro da convocação do parceiro, em 19 (100%), não havia nenhuma informação acerca do tratamento do parceiro sexual, sete (38%) não apresentavam informação sobre VDRL de controle e, em 16 (84%) prontuários, não havia registro de notificação do caso. Pode-se concluir que as informações disponíveis nos prontuários referentes ao acompanhamento pré-natal de gestantes com VDRL reagente são precárias, prejudicando uma ação mais efetiva no controle da sífilis na gestação, na instituição avaliada.

ABSTRACT

The aim of this study was to analyze the quality of the medical files of pregnant women with a positive VDRL test in a primary level health care facility between 2000 and 2005. This is a retrospective and descriptive study, carried out in a teaching institution in Fortaleza, State of Ceará, from September to October 2006. Nineteen medical files of pregnant women with a positive VDRL test were analyzed. Variables evaluated were prescribed treatment of the pregnant woman, summons and treatment of the sexual partner, post-treatment VDRL titers and case notification. Eight (42%) medical files had no information about the treatment provided to the pregnant woman; 15 (79%) had no information about summoning of the sexual partner; 19 (100%) contained no information related to partner treatment, seven (38%) had no information about post-treatment VDRL titers, and 16 (84%) had no information about case notification. One can concluded that information available in the medical files of pregnant women with positive VDRL tests receiving pre-natal care is precarious, impairing more effective action in controlling prenatal syphilis in the health care facility studied.