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Infant death and interpretive violence in Northeast Brazil: taking bereaved Cearense mothers' narratives to heart / Mortes infantis e violência interpretativa no Nordeste brasileiro: levando em conta as narrativas de mães cearenses enlutadas
Nations, Marilyn K.
  • Nations, Marilyn K; Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva. Fortaleza. BR
Cad. saúde pública ; 24(10): 2239-2248, out. 2008. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-495702
ABSTRACT
This study investigates bereaved mothers' ethnoetiologies of avoidable infant deaths in Northeast Brazil. It critically examines the anthropological debate concerning selective maternal negligence as a relevant explanation for high infant mortality, based on an analysis of preexisting data. From 2003 to 2006, 316 ethnographic interviews collected by the author from 1979 to 1989 in six communities in Ceará State were retrieved. Forty-five narratives of fatal illness and death of 56 children < 5 years of age were identified for in-depth analysis. Despite their low income and schooling, grieving mothers constructed their own explanations for early death. The most common causes were infectious-contagious diseases (37.9 percent) and dehumanized care by the attending health professional (24.1 percent). No mother reported maternal carelessness, detachment, or negligence. If there is any disregard in the context of poverty, it is by the unjust economic, political, and social system and inhumane public health practice which violates their rights as citizens. To characterize a bereaved mother as negligent, or worse, as accomplices in her child's death, is an act of interpretive violence, unfairly blaming and demoraling mother-caregivers in Northeast Brazil.
RESUMO
Investiga a etnoetiologia de óbitos infantis evitáveis na óptica da mãe em luto no Nordeste brasileiro. Refina o debate antropológico sobre a negligência materna seletiva como relevante explicação de alta mortalidade infantil. Trata-se de uma análise crítica de dados preexistentes. Entre 2003-2006, foram resgatadas 316 entrevistas etnográficas coletadas pela autora durante 1979-1989, em seis comunidades no Ceará, Brasil. Identificaram-se 45 narrativas de mães sobre a doença fatal e morte de 56 filhos < 5 anos para aprofundamento. Apesar da baixa renda e escolaridade, as mães construíram explicações próprias para a morte precoce. Causas maiores são doenças infecto-contagiosas (37,9 por cento) e cuidados desumanizados do profissional de saúde (24,1 por cento). Nenhuma mãe acusa o descuido, desapego ou negligência materna. Nesse contexto de pobreza, argumenta-se que se existe desprezo é do sistema econômico-político e social injusto e da prática da saúde pública desumana que violentam os direitos da mulher-cidadã. Caracterizar essa mãe em luto como negligente, ou, pior, cúmplice na morte do filho, é uma violência interpretativa que injustamente culpabiliza e desmoraliza a mãe-cuidadosa nordestina.
Assuntos

Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Rejeição em Psicologia / Maus-Tratos Infantis / Mortalidade Infantil / Comportamento Materno Tipo de estudo: Estudo prognóstico / Pesquisa qualitativa Limite: Humanos / Recém-Nascido País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Inglês Revista: Cad. saúde pública Assunto da revista: Saúde Pública / Toxicologia Ano de publicação: 2008 Tipo de documento: Artigo / Documento de projeto País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade de Fortaleza/BR

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