Metáforas na fala do paciente: analogia cognitiva ou equivocidade sonora? / Metaphors in the patient's speech: cognitive analogy or talking equivocity?
Rev. bras. psicoter
;
8(1): 39-45, jan.-abr. 2006.
Artigo
em Português
| LILACS
| ID: lil-509210
RESUMO
A tendência de aproximar o campo da linguagem como objeto de estudo com o da psicanálise foi inaugurada por Lacan, aparecendo então grande ênfase para o estudo das metáforas na prática clínica. A metáfora é uma espécie de paradigma para as outras figuras de linguagem. Condensação, deslocamento e simbolismo são os mecanismos básicos dos sonhos, como também das outras formações do inconsciente e, na fala, das metáforas. O engodo terapêutico está em tratar as metáforas fora do seu valor inerente à comunicação intersubjetiva (transferência) e operar interpretações que realizam a desconstrução das metáforas, achatando o significado em proposições que respondem à lógica semântica e não à lógica do inconsciente. O desmembramento das analogias produz um conhecimento do qual o paciente, na verdade, já tinha uma certa intuição. As metáforas do sujeito não surgem por analogia cognitiva, elas dão suporte à evocação do afeto e das representações recalcadas. A cadeia simbólica expressa pelo paciente é organizada em torno de metáforas, mas a fala do sujeito não pode ser tratada como discurso, uma vez que ela é fala dirigida ao Outro . A solução para esse impasse é a escuta flutuante, aberta ao poder evocador das palavras e à sonoridade significante.
Buscar no Google
Índice:
LILACS (Américas)
Assunto principal:
Psicanálise
/
Psicoterapia
/
Idioma
Idioma:
Português
Revista:
Rev. bras. psicoter
Assunto da revista:
Psiquiatria
Ano de publicação:
2006
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Brasil
Instituição/País de afiliação:
Universidade Católica de Goiás/BR
Similares
MEDLINE
...
LILACS
LIS