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Picamalácia: epidemiologia e associação com complicações da gravidez / Pica: epidemiology and association with pregnancy complications
Saunders, Cláudia; Padilha, Patricia de Carvalho; Della Líbera, Beatriz; Nogueira, Jamile Lima; Oliveira, Larissa Mello de; Astulla, Áurea.
  • Saunders, Cláudia; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Departamento de Nutrição e Dietética. Rio de Janeiro. BR
  • Padilha, Patricia de Carvalho; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes. Rio de Janeiro. BR
  • Della Líbera, Beatriz; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes. Rio de Janeiro. BR
  • Nogueira, Jamile Lima; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes. Rio de Janeiro. BR
  • Oliveira, Larissa Mello de; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes. Rio de Janeiro. BR
  • Astulla, Áurea; Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Nutrição Josué de Castro. Grupo de Pesquisa em Saúde Materna e Infantil do Núcleo de Pesquisa em Micronutrientes. Rio de Janeiro. BR
Rev. bras. ginecol. obstet ; 31(9): 440-446, set. 2009. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-529617
RESUMO

OBJETIVO:

verificar a taxa de ocorrência de picamalácia em gestantes e o impacto na saúde materna e do concepto.

MÉTODOS:

trata-se de estudo prospectivo realizado com 227 gestantes adultas e seus recém-nascidos atendidos na Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro entre 2005 e 2006. Considerou-se como picamalácia a ingestão de substâncias não alimentares ou combinações atípicas de alimentos. A coleta de dados foi realizada por meio de consultas aos prontuários e entrevista.

RESULTADOS:

a picamalácia na gestação foi referida por 14,4 por cento das mulheres, e 42,1 por cento destas a praticavam diariamente. Em 46,7 por cento dos casos, o início da prática foi no segundo trimestre e, em 30 por cento dos casos, no terceiro trimestre gestacional. Dentre os motivos alegados, 65 por cento das mulheres não sabiam informar, 15 por cento declararam alívio de náuseas e pirose e, 10 por cento, alívio de estresse e ansiedade. A prática em gestação/puerpério anterior foi referida por 15 por cento das gestantes. A picamalácia não se associou ao estado antropométrico materno; à cor de pele; à situação marital; ao grau de instrução materna; e à presença de parasitoses. Não houve diferença entre as médias de renda familiar total e do número de gestações para os grupos de mulheres que praticaram ou não a picamalácia. A picamalácia foi associada à anemia gestacional (p<0,009) e intercorrências gestacionais (OR=3,5; IC95 por cento=1,6-7,9). Quanto à saúde do concepto, a picamalácia materna não interferiu nas condições ao nascer peso, idade gestacional e intercorrências.

CONCLUSÃO:

a picamalácia deve ser investigada na assistência pré-natal e reconhecida como um fator de risco para a saúde materna.
ABSTRACT

PURPOSE:

to verify the occurrence ratio of pica in pregnant women and its impact on the mother and newborn health.

METHODS:

prospective study with 227 adult pregnant women and their newborns treated at the Maternity School of Universidade Federal do Rio de Janeiro, between 2005 and 2006. Pica has been considered as the ingestion of inedible substances or atypical food combinations. The data was collected was done by medical chart review and interview.

RESULTS:

Pica was referred to by 14.4 percent of the women, 42.1 percent of whom practiced it daily. The onset occurred in the second gestational trimester in 46.7 percent of the cases, and, in the third trimester, in 30 percent of them. Among the alleged reasons, 65 percent of the women were unable to give them, 15 percent declared relief of nausea and heartburn and 10 percent reported reduced stress and anxiety. The practice in the previous gestation/puerperium was referred to by 15 percent of the women. Pica was not associated with the maternal anthropometric condition, the skin color, the marital status, the maternal schooling and the presence of parasitosis. There was no difference between the average of the total family income and the number of gestations for the women who did or did not have pica. Pica was associated with gestational anemia (p<0.009) and gestational intercurrences (OR=3.5; CI95 percent=1.6-7.9). As for the baby, pica did not interfere in the health parameters at birth weight, gestational age and intercurrences.

CONCLUSIONS:

pica must be investigated at prenatal assistance and recognized as a risk factor for the mother's health.
Assuntos

Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Complicações na Gravidez / Pica Tipo de estudo: Estudo observacional / Fatores de risco / Estudo de rastreamento Limite: Adulto / Feminino / Humanos / Gravidez Idioma: Português Revista: Rev. bras. ginecol. obstet Assunto da revista: Ginecologia / Obstetrícia Ano de publicação: 2009 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade Federal do Rio de Janeiro/BR

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