Os traumas psíquicos, de Lucrécio a Freud / Pchychic trauma, from Lucretius to Freud

RESUMO

Este artigo é o capítulo introdutório de uma obra coletiva, Les traumes psychiques. Actes du colloque international de Brest, 31 mai-1er juin 2002 (Paris, L’Harmattan, 2003). Ele apresenta todos os autores do livro e seus trabalhos, relembrando temas fundamentais e necessários para o entendimento dos processos traumáticos, ou ainda, da psicanálise. O enfoque principal do texto consiste em formulações sobre as dimensões narcísicas dos fenômenos traumáticos. O artigo aponta a permanência destes aspectos no decorrer do tempo, num percurso de Freud a Lucrécio ([99 ou 98-55 ou 54 a. C.] 1984), poeta latino, que já abordou esta questão em De rerum natura há mais de dois mil anos.Palavras-chave trauma; narcisismo; prematuração; elaboração psíquica.

ABSTRACT

This paper discusses psychoanalysis and its ethics as of the wish (Wunsch), according to the formulations by Lacan about both Antigone and Descartes. It is possible to draw the ethics field of psychoanalysis from the articulation of the wish as impossible in the Sophoclean tragedy to its contingency testified by the Modern philosopher in the cogito. Considering the concept established by Freud in its clinical effects, the very existence of the unconscious, due to its nonontological but ethical statute, depends on the responsibility of the subject. This article sets out to demonstrate that the wish can be understood as an ethical duty since the Greek tragic character until the emergence of the subject in the Cartesian cogito.