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Prazer, gozo e realidade no mundo contemporâneo / Placer, goce y realidad en el mundo contemporáneo / Pleasure, indulgence and reality in the contemporary world
Milmaniene, José E.
  • Milmaniene, José E; Associação Psicanalítica Argentina. Buenos Aires. AR
Rev. psicanal ; 18(1): 63-75, abr. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-607704
RESUMO
O autor aborda as diferenças existentes entre a realidade imperante na época freudiana e na época atual. Na modernidade, a realidade estava caracterizada por uma ordem repressiva que, embora favorecesse o surgimento da doença neurótica, permitia a rebeldia e o questionamento criativo. Na pós-modernidade, a defecção estrutural da figura do Pai e o colapso ético inerente ao enfraquecimento da legalidade geram uma realidade cultural que propicia as políticas de gozo - adições, transtornos alimentares e condutas transgressivas. Diante da não imposição do limite subjetivante e da não transmissão de valores éticos, o sujeito tende a naufragar numa pulsionalidade acéfala e num hedonismo egocêntrico que desconhece a alteridade. A contradição instala-se, então, entre o gozo auto-erótico e o princípio do prazer, de modo que a tarefa analítica consiste em delimitar o gozo para que o sujeito possa transcender seu universo narcisístico-pulsional e ter acesso, assim, ao plano sublimatório, caracterizado pelos prazeres discursivos. O autor insiste na necessidade de que os analistas sustentem uma prática clínica baseada na ética da diferença, já que o imaginário social busca desmentir das diferenças sexuais e geracionais. Com essa finalidade, mostra como se tende a abolir - inclusive por certas correntes analíticas - as categorias diagnósticas de saúde e doença psíquica; a validar o impreciso conceito de gênero; a exaltar as posições narcisísticas e a legitimar - como meros estilos existenciais - condições patológicas como o transexualismo e as perversões. Finaliza o artigo fazendo algumas considerações sobre a prática clínica atual que deve ser inscrita num horizonte de legalidade simbólica e deve estar destinada a delimitar, sem concessões, os gozos sem alteridade, para acessar criativamente o campo do princípio do prazer com a ética desiderativa que lhe é inerente.
ABSTRACT
The author approaches the existing differences between the reality in the the Freudian and current times. In the Modem Age, reality was characterized by a repressive order that, although favored the appearance of neurotic disease, allowed the rebellion and the creative questioning. In post-modernity the structural defection of the father figure and the inherent ethical collapse to the weakening of legality generate a cultural reality that provides the policies of indulgence addictions, eating disorders, and transgressive conducts. When boundaries that lead to subjectivity are not imposed, and ethical values not transmitted, the subject tends to drawn in an acephalus impulsiveness and in an egocentric hedonism that ignores alterity. The contradiction is then installed between the auto-erotic indulgence and the pleasure principle, so that the analytical task is to frame indulgence to enable the subject to transcend his/her narcissistic-instinctual universe, and therefore have access to the sublimatory level, characterized by the discursive pleasures. The author insists that the analysts must sustain a clinical practice based on the ethics of difference, since the social imaginarium tries to deny differences between genders and generations. With this objective, the author demonstrates that there is a trend towards abolishing - by means of certain analytical schools - the diagnostic categories of psychic health and disease; towards validating the imprecise concept of gender, exalting narcissistic positions, and legitimating - as mere living styles - pathological conditions such as transsexualism and perversions.The article is concluded with some considerations on the current clinical practice, which should be inscribed in a horizon of symbolic legality, and destined to frame, with no exceptions, indulgence without alterity, in order to access creatively the field of the pleasure principle, with the desiderative ethics that is inherent to it.
RESUMEN
El autor señala las diferencias existentes entre la realidad imperante en la época freudiana y la actual. En la modernidad la realidad estaba signada por un orden represivo, que si bien favorecía la emergencia de la enfermedad neurótica, permitía la rebeldía y el cuestionamiento creativo. En la posmodernidad, la defección estructural de la figura del Padre y el colapso ético inherente al debilitamiento de la legalidad, genera una realidad cultural que propicia las políticas de goce - adicciones, trastornos alimenticios y conductas transgresivas. Al no imponerse el límite subjetivante ni trasmitirse valores éticos, el sujeto tiende a naufragar en una pulsionalidad acéfala y en un hedonismo egocéntrico, que desconoce la alteridad. La contradicción se instala pues entre el goce autoerótico y el principio del placer, de modo que la tarea analítica consiste en acotar el goce, para que el sujeto pueda trascender su universo narcisístico-pulsional y acceder así al plano sublimatorio, signado por los placeres discursivos. El autor insiste en la necesidad de que los analistas sostengan una práctica clínica basada en la ética de la diferencia, dado que el imaginario social busca desmentir de las diferencias sexuales y generacionales. A tal efecto muestra como se tiende a abolir - incluso por ciertas corrientes analíticas - las categorias diagnósticas de salud y enfermedad psíquica; a validar el impreciso concepto de género; a exaltar las posiciones narcisísticas y a legitimar - como meros estilos existenciales - a condiciones patológicas tales como el transexualismo y las perversiones. Finaliza el artículo haciendo algunas consideraciones sobre la práctica clínica actual, la que debe inscribirse en un horizonte de legalidad simbólica, y debe estar destinada acotar sin concesiones los goces sin otredad, para acceder creativamente al campo del principio del placer con la ética desiderativa que le es inherente.
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Índice: LILACS (Américas) Assunto principal: Relações Pais-Filho / Princípio do Prazer-Desprazer / Teoria Ética Limite: Feminino / Humanos / Masculino Idioma: Português Revista: Rev. psicanal Assunto da revista: Psiquiatria Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Argentina Instituição/País de afiliação: Associação Psicanalítica Argentina/AR

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